postado em 01/12/2009 15:39
Brasília - Sem representantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), da Eletrobras e da Fundação Nacional do Índio (Funai), começou há pouco a audiência pública para debater os impactos da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), sobre os povos indígenas da região. ;É importante registrar as ausências. Várias autoridades, mesmo as que haviam confirmado presença, não estão aqui;, comentou a procuradora Débora Duprat, coordenadora da 6; Câmara do Ministério Público Federal.
Organizada pelo MPF, a audiência atende pedido de organizações indígenas e não faz parte do processo formal de licenciamento ambiental. O Ibama realizou quatro audiências na região e deve emitir a licença prévia para a hidrelétrica ainda este mês.
Com a ausência de áreas diretamente envolvidas com o empreendimento, o governo será representado apenas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pela Presidência da República.
Mais de 250 lideranças do Xingu participam da audiência, entre indígenas, ribeirinhos, representantes de movimentos sociais, organizações não governamentais e pesquisadores. ;Não venham lá de Brasília fazer barragem na terra alheia;, cantou parte do grupo no início da audiência.
Deborah Duprat leu carta do bispo de Altamira (PA), dom Erwin Krautler, encaminhada hoje (1;) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva com argumentos contrários à construção de Belo Monte.