postado em 01/12/2009 15:54
A exposição da atividade de inteligência no Brasil é ;muito ruim;, e isso acaba gerando algumas contradições, como o fato de ser mais aceitável, para o público, que um cidadão ; e não os órgãos de inteligência ; ajude a Polícia Federal (PF) em suas investigações. A opinião é do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, general Jorge Armando Félix, que se manifestou nesta terça (1;), após participar do seminário internacional Atividade de Inteligência e Controle Parlamentar, na Câmara dos Deputados. ;Há muito o que desmistificar na atividade de inteligência no país. Hoje um cidadão comum pode trabalhar para ajudar as investigações da Polícia Federal [mas o mesmo não ocorre quando a ajuda vem da inteligência]. Isso é questionável;, disse Félix, sem se referir diretamente ao caso do ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal Durval Barbosa, cuja colaboração com a Polícia Federal resultou na Operação Caixa de Pandora.
Sobre o escândalo que atinge membros do Executivo e do Legislativo do Distrito Federal, Félix disse apenas que se trata de ;um problema político e policial;, e que, ;por se tratar de crime, cabe à PF coletar provas e apresentá-las ao Judiciário;.
O seminário Atividade de Inteligência e Controle Parlamentar discute, entre diversos temas, a participação do Legislativo nas atividades de inteligência, e conta com a participação de especialistas dos Estados Unidos, do Canadá, do Reino Unido, de Portugal, da Argentina e do Chile.