Rio de Janeiro - No segundo dia de ocupação das favelas Pavão-Pavãozinho e do Cantagalo, na zona sul da capital fluminense, o comércio de ruas próximas às favelas fechou as portas.
Por volta das 14h, homens não identificados passaram pelas lojas da Rua Sá Ferreira e da Avenida Nossa Senhora de Copacabana, supostamente sob ordens de traficantes, determinando o fechamento do comércio.
Policiais militares detiveram oito pessoas suspeitas de envolvimento no episódio. Elas foram levadas para a delegacia, mas logo liberadas por falta de provas.
Os policiais dos batalhões de Operações Especiais (Bope), de Choque e de Copacabana continuam ocupando as duas favelas, onde realizam uma varredura à procura de criminosos, drogas e armas.
Na tarde de hoje (1;), nos acesso às favelas os policiais revistavam os carros, as motos e os caminhões que desciam do morro, mas, ao contrário de ontem (30), não houve confrontos.
A estratégia de ocupação permanentemente das comunidades dominadas pelo crime organizado é parte da política de integração das favelas, onde moram cerca de um milhão de pessoas, por meio das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com a oferta de infraestrutura de saneamento básico, iluminação, abertura de ruas e de construção de moradias.
Cinco comunidades já têm unidades de Polícia Pacificadora (UPPs): Batan e Cidade de Deus, na zona oeste, e os morros Santa Marta, Babilônia e Chapéu Mangueira, na zona sul.
Mais duas favelas, na zona sul, deverão receber em breve as UPPs: Ladeira dos Tabajaras e Morro dos Cabritos, em Copacabana.