De acordo com Tolmasquim, o governo preferiu aguardar a concessão de licenças ambientas para incluir na licitação algumas hidrelétricas, além das usinas térmicas que já estavam previstas. ;O ano de 2009 terá crescimento negativo no consumo de energia, por causa da crise. A queda será de 0,5%, o que nos dá uma folga;, explicou o presidente da EPE. Com isso, as usinas de Teles Pires, em Mato Grosso, Santo Antônio do Jari, na divisa entre o Amapá e o Pará, e Garibaldi, em Santa Catarina, são algumas das que devem entrar no leilão. Segundo ele, o ideal é sempre contar com usinas hídricas nos leilões mistos, mas nem sempre é possível fazer isso, em função do tempo para liberação de licenças ambientais.
O presidente da EPE deu as declarações após audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado, onde esteve para falar sobre o blecaute do último dia 10 de novembro. Ele explicou que não faz sentido comparar o que houve naquele dia com a falta de energia de 2001 e 2002, quando o Brasil precisou racionar energia.
De acordo com ele, ao contrário do que ocorreu há 7 anos, quando o país perdeu alguns pontos percentuais no Produto Interno Bruto por causa do corte de 20% de energia, o custo dessa vez foi ;irrisório;. ;É praticamente irrisório porque aconteceu à noite, quando você quase não tem atividade de comércio ou indústria. É outra ordem de grandeza;, afirmou Tolmasquim. Contudo, ele não quis quantificar exatamente quanto foram as perdas financeiras com o blecaute que deixou 18 estados energia.