postado em 15/12/2009 10:16
RIO DE JANEIRO - Projetos de organizações da sociedade civil e de pessoas físicas cujo foco é o combate à discriminação de qualquer tipo e à violência institucional, tanto de entidades do setor público quanto privado, já podem concorrer ao edital 2010 do Fundo Brasil de Direitos Humanos.O edital foi lançado este mês, em solenidade que contou com a participação do rapper MV Bill, um dos fundadores da Central Única de Favelas (Cufa) e conselheiro do fundo. Em entrevista à Agência Brasil, MV Bill disse que vê de forma muito positiva a iniciativa, porque atende projetos ligados à área de direitos humanos. São projetos pequenos, que têm média durabilidade e custo menor, entre R$ 10 mil e R$ 25 mil;.
MV Bill destacou que uma das prioridades é que ;os protagonistas desses projetos sejam pessoas que tenham sentido na pele, de alguma forma, aquilo contra o qual estão lutando com o projeto. É uma iniciativa do Fundo Brasil que eu acho muito bacana e apóio;.
Este é o quarto edital da fundação, criada em 2006 com a finalidade de captar recursos ;para distribuição a organizações e pessoas que trabalham na promoção dos direitos humanos e na sua exigibilidade. Essa é a idéia principal;, disse o diretor-presidente do Fundo Brasil, Sergio Haddad.
Nos três editais anteriores, foram investidos quase R$ 2 milhões em 76 projetos selecionados. Haddad esclareceu que têm prioridade pequenas organizações de base, que estão em campo, que não têm acesso a recursos ;e que, portanto, necessitam de apoio para dar continuidade ao seu trabalho;.
O valor repassado pelo Fundo Brasil de Direitos Humanos alcança até R$ 25 mil por projeto contemplado. As organizações não governamentais (ONGs) interessadas em concorrer ao edital devem apresentar os projetos até março. O julgamento será feito no primeiro semestre do próximo ano e a assinatura dos contratos deve ocorrer no segundo semestre, quando começa a realização dos trabalhos, pelo período de um ano.
O trabalho de captação de recursos do Fundo Brasil para apoio a projetos de combate à discriminação e à violência institucional é realizado em diversos níveis. No plano internacional, ele conta com apoio de agências que financiam projetos no Brasil, como a Fundação Ford, dos Estados Unidos. No país, apóiam o fundo empresas nacionais, entre elas a Natura, e doadores individuais que dispõem de recursos financeiros e querem adotar projetos na área dos direitos humanos.
Até agora, a fundação não dispôs de recursos públicos, à exceção do apoio recebido da Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH) da Presidência da República para o lançamento de editais no fim do ano, informou Haddad.