postado em 15/12/2009 17:27
Uma reunião do Conselho Universitário da UFMG marcada para as 10h desta terça-feira (15/12) foi suspensa depois que cerca de 80 alunos vinculados ao movimento estudantil ocuparam a reitoria. Os manifestantes se opõem à aprovação do novo regimento interno da universidade, que seria votado na reunião.De acordo com Firmínia Rodrigues, representante da Assembléia Nacional dos Estudantes - Livre (Anel) e aluna do curso de História na universidade, o novo regimento centraliza o poder de decisão na mão do reitor e nos diretores de unidades e diminui a democracia na universidade.
A ocupação da reitoria teve como objetivo dialogar com a administração da universidade sobre o processo de votação do regimento interno. A proposta dos estudantes é que a votação seja feita após o início do semestre letivo, em 2010, para que a representação discente possa ter tempo de discutir com os alunos sobre os aspectos do regimento que os afetam.
Os estudantes instalaram uma assembleia e decidiram, por unanimidade, manter a ocupação até que o Conselho Universitário se manifeste e atenda à pauta de reivindicação aprovada no conselho de diretórios (DAs) e centros (CAs) acadêmicos e pelo DCE. Entre os pontos defendidos pelos estudantes está a anulação do caráter repressivo do regimento. Firmínia Rodrigues afirmou, ainda, que um dos estudantes foi agredido no momento da ocupação.
Segundo a assessoria de comunicação da UFMG, detalhes sobre o regimento ficaram disponíveis no site da instituição por cerca de um mês, acessíveis à toda comunidade acadêmica.
A UFMG também informou que os nove representantes discentes que participam da reunião solicitaram que a discussão de um dos tópicos do regimento referente aos alunos fosse adiada. O pedido teria sido aceito imediatamente aceito pelo Conselho Universitário.
Ainda segundo a assessoria da universidade, algumas pessoas presentes na ocupação não são alunos da UFMG e outros fazem parte da chapa que perdeu a última eleição do DCE, no final do semestre letivo. O reitor Ronaldo Pena teria classificado a ocupação como um "ato político profundamente ofensivo à universidade". A assessoria também nega que algum estudante tenha sido agredido durante a ocupação.
(Com informações de Otavio Oliveira/Portal Uai)