Brasil

Bandidos abrem fogo contra ônibus escolar

Motorista foi baleado, mas crianças não se feriram. O caso, que ocorreu em Extremoz, está envolto em mistério

Paulo de Sousa
postado em 16/12/2009 17:13
A rotina do motorista Francisco Mardoqueu de Souza, 50 anos, foi bruscamente interrompida na manhã de ontem, por volta das 6h, ao sofrer um atentado a tiros enquanto conduzia um ônibus escolar no distrito de Estivas, em Extremoz, região metropolitana de Natal. Segundo o proprietário do veículo, o comerciante Tarcísio Conceição da Silva, 51, um carro tipo VW Gol branco atravessou na frente do transporte escolar, bloqueando a passagem, e os ocupantes atiraram seis vezes, com pistolas 9mm. Um dos disparos atingiu o motorista no calcanhar esquerdo. Apenas três estudantes estavam no interior do ônibus e não foram feridos no tiroteio.

Tarcísio conta que, como de costume nos sete meses em que o motorista trabalha para ele, Francisco saiu de casa, no Parque dos Servidores, e seguiu para as demais comunidades da zona rural de Extremoz. Seu trabalho é levar alunos para a escola no centro do município. Uma das crianças no veículo era o filho do motorista.

O proprietário do veículo relata que, de acordo com o que contou a vítima, o motorista saía da comunidade de Estivas quando o VW Gol abordou o ônibus. O carro usado pelos bandidos cruzou na frente o transporte escolar, forçando Francisco Mardoqueu a parar. Sem descer ninguém do carro, os bandidos atiraram contra o ônibus. Os tiros atingiram principalmente o parabrisas e a dianteira do veículo. Um dos tiros deles perfurou a lataria e atingiu o motorista. Os criminosos então saíram em disparada, sem deixar pistas. "Foi o próprio motorista que ligou para mim, pedindo socorro".

Tarcísio diz que o Samu foi acionado, levando a vítima para o Hospital Santa Catarina, onde foi medicado e recupera-se bem. "As crianças ficaram muito assustadas. Teve um que a gente quase não encontrava, porque fugiu para muito longe no meio do mato". O proprietário do veículo, que aluga o transporte para a prefeitura de Extremoz, não sabe dizer o que pode ter motivado o atentado, mas acredita que "não fizeram isso para matá-lo, pois, senão, tinham conseguido".

Mistério

O sogro da vítima, o agricultor Francisco de Assis Gomes Dias, 56, alega não ter conhecimento de que ele tenha inimigos recebesse ameaças". Porém, afirma ter visto o veículo usado pelos bandidos passar várias vezes na região onde mora o motorista, na noite anterior ao ocorrido. "Ele devia ter prestado atenção nisso". O veículo foi levado para a delegacia de Polícia em Extremoz para que fosse realizada uma perícia pelo Instituto Itep.<--# GFO FIM TEXTO GFO #-->

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