O projeto do novo veículo, que é uma evolução do Urutu, "sucesso internacional do Brasil não só na América Latina, mas também no Oriente Médio e em países da África", já envolveu investimentos de R$ 29 milhões e vai custar R$ 6 bilhões, conforme destacou o comandante do Exército, general Enzo Martins Peri, que assinou contrato hoje (18) com a Iveco para a fabricação dos veículos.
Segundo o comandante, o desenvolvimento do Veículo de Transporte de Pessoal Médio sobre Rodas está previsto na política da Defesa, cujo objetivo é "atingir autossuficiência, na medida do possível, na fabricação de produtos militares". Paralelamente, permitirá transferência de tecnologia italiana, gerando empregos e ampliando o leque de fornecedores.
A Iveco conclui o primeiro lote de 16 veículos em 2011 e a partir de 2012 começa a fabricar o restante das unidades.
O comandante do Exército afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aprovou na semana passada a aplicação dos recursos para o projeto, que vão sair do orçamento do Exército.
O presidente da Iveco Defense Vehicles, Pietro Borgo, informou que técnicos brasileiros da companhia já estiveram na Itália para especializar-se na fabricação do veículo. No Brasil, tabalham no projeto 30 técnicos e engenheiros e dezenas de outros profissionais. Segundo ele, o protótipo poderá evoluir para a fabricação de outros modelos alternativos, com a possibilidade de haver preços diferenciados.
Segundo Pietro Borgo, também é possível que o país passe a exportar esses veículos, já que diversos países demonstraram interesse durante a apresentação de maquete feita na Latin America Aero & Defence (Laad), a maior feira de equipamentos militares da América Latina, realizada no Rio de Janeiro em abril deste ano.
O desenvolvimento do veículo é fruto de licitação promovida pelo Exército em 2007 e vencido pela Iveco. O veículo pesa 18 toneladas, é movido a diesel, tem tração 6x6 e capacidade anfíbia, podendo transportar 11 militares. Tem 6,91 metros de comprimento, 2,7 metros de largura e 2,34 metros de altura.
O veículo poderá ser equipado com torre armada, com operação por controle remoto para diferentes aplicações e pode ser transportado por aviões tipo Hércules C-130 ou pelo Embraer KC-390.
Também participam do projeto a Indústria de Material Bélico do Brasil (Imbel), a Elbit Systems Ltd, a Usiminas e a Villares.
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