Brasil

Duas famílias mineiras inconsoláveis com a tragédia

Landercy Hemerson
postado em 03/01/2010 08:30
O clima era de desespero na casa do empresário Sebastião Fátima da Rocha, pai de Isabella Godinho Rocha, 20 anos, uma das vítimas da tragédia em Ilha Grande. O pai, que vive num condomínio de luxo em Lagoa Santa, região metropolitana de Belo Horizonte, era consolado por parentes e amigos, mas não se conformava com a perda da estudante do 1; período de arquitetura da UFMG. ;Filho não pode morrer antes do pai. Era uma menina cheia de sonhos, fazendo o curso que gostava. Saiu de casa na maior alegria para passar o réveillon com os amigos;, lamentava Sebastião, não conseguindo conter o choro. O corpo será sepultado hoje em Lagoa Santa.

Sensação semelhante se repetia na família de Paulo Sarmiento, 27 anos, namorado de Isabella. ;Ele saiu falando dos planos para 2010, que incluíam a banda que estava montando com o irmão;, comentou a dentista Rosângela Barbosa, 52 anos, tia de Paulo. O rapaz estudava ciências da computação na UFMG, onde iria cursar o terceiro período. Foi na universidade que, há cerca de um ano e meio, conheceu Isabella.

A mãe do estudante, Janete Barbosa, 50, passava o réveillon em Porto Seguro, na Bahia, de onde veio às pressas. Abalada, passou o dia em repouso. O irmão do jovem, Cristiano Sarmiento, foi ao Rio de Janeiro providenciar a liberação do corpo. Paulo será sepultado hoje no Cemitério Parque da Colina. Há seis anos, a família sofreu outro drama, com a morte do patriarca Fernando Sarmiento, em acidente de moto.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação