postado em 07/01/2010 19:22
Rio de Janeiro - O ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, anunciou nesta quinta (7) a liberação imediata de R$ 50 milhões para obras emergenciais nas cidades fluminenses castigadas pelas chuvas, durante reunião com prefeitos da região.;Não se trata de dinheiro de uma medida provisória nova, é verba que temos, como a de R$ 80 milhões destinada a Angra dos Reis. Estamos fazendo vultosos investimentos em macrodrenagem na região, assim como na área de Campinas, em São Paulo;, disse Geddel, lembrando que já houve uma primeira reunião com os prefeitos nos últimos dias do ano passado, quando começaram as chuvas.
[SAIBAMAIS]O prefeito de Duque de Caxias, José Camilo Zito (PSDB), manifestou apreensão quanto à liberação da verba e disse que tem enviado os relatórios necessários sobre os estragos no município desde o começo das chuvas, no final do ano passado. A cidade declarou estado de calamidade pública há dias.
;Minha maior preocupação é ter recursos para a dragagem dos canais Iguaçu, Botas e Sarapuí na sua parte alta, porque a dragagem feita pelo governo federal é junto à Baía de Guanabara, mas as chuvas não pararam, estão caindo na parte mais assoreada e por isto os canais transbordam, causando as enchentes;, disse o prefeito.
O ministro das Cidades, Márcio Fortes, informou que o investimento total em micro e macrodrenagem em todo o país é de R$ 4,8 bilhões, desde o começo do ano passado, e que apenas para a Baixada Fluminense estão destinados R$ 720 milhões, desde a implantação do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, em 2007. A verba é liberada mediante apresentação de relatórios de prejuízos e estimativas de despesas.
;Desde aquela época, temos ações orçadas em R$ 400 milhões, em parceria com a Serla (secretaria extinta no ano passado e sucedida pelo Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro), só para a Baixada Fluminense. No total, o estado do Rio tem orçados R$ 802 milhões para micro e macrodrenagem;, explicou Márcio Fortes.
Ao comentar a situação em Angra, Geddel enfatizou o caráter de tragédia natural: ;Não é uma questão de fiscalização de obra, é uma quantidade enorme de terra que caiu em função das chuvas;. A prefeitura da cidade estima que tenha chovido em 24 horas mais da metade do volume de chuvas previstas para dezembro.
;Obras de prevenção são complexas, requerem tempo, estudos técnicos, licenciamentos prévios, e estão sendo feitas em Campinas, como já disse, e também na região agora afetada;, explicou Geddel, destacando o aspecto emergencial da intervenção federal em Angra e na Baixada.
Geddel e Fortes visitaram as áreas atingidas em Angra e sobrevoaram a Baixada na companhia do governador Sérgio Cabral, de seu vice e também secretário de Obras, Luiz Fernando Pezão, da secretária do Ambiente, Marilene Ramos, e do secretário de Saúde e Defesa Civil, Sérgio Cortes, além do prefeito de Angra, Tucá Jordão.