Brasil

Funai nega fechamento de postos indígenas e diz que só nomenclatura mudou

postado em 12/01/2010 19:56
O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Meira, negou hoje (12) a extinção de postos e administrações regionais do órgão, que motivou um protesto de indígenas na sede da fundação e em frente ao Ministério da Justiça. Meira disse que é necessário haver "maior tradução e explicação" do Decreto 7.056, que, segundo os índios, extinguiria administrações e postos da Funai. De acordo com Meira, é preciso traduzir e explicar melhor o que está no decreto para que as diversas etnias indígenas possam assimilar o que ele significa. Houve apenas mudança na nomenclatura das unidades regionais, o que não foi compreendido pelos indígenas, disse o presidente da Funai. Representantes de 11 etnias protestaram na manhã em frente à sede da Funai. À tarde, o grupo seguiu para o Ministério da Justiça, onde foi informado de que o ministro Tarso Genro não se encontrava na cidade e, por isso, não poderia recebê-los. [SAIBAMAIS]Os índios queriam falar com o ministro por se sentirem insatisfeitos com a reestruturação resultante do decreto, editado em 28 de dezembro do ano passado e em vigor desde o dia 4 deste mês. Eles entenderam que os postos da Funais nos estados seriam extintos, mas, de acordo com Márcio Meira, o espaço físico continua o mesmo."Não houve extinção de administrações regionais, houve mudança de nome. O que era administração regional passou a se chamar coordenação regional." Ele explicou que houve mudança na distribuição das unidades com base na nova gestão territorial, que inclui 36 regiões geográficas. Em cada uma dessas regiões existem atualmente várias unidades da Funai. Meira esclareceu ainda que haverá um reforço institucional, com mais pontos de atendimento aos índios. O presidente da Funai, que recebeu representantes de diferentes etnias ao longo do dia, pretende agendar encontros com membros daquelas com que ainda não se reuniu para esclarecer todos os pontos de dúvida. "Estamos abertos ao diálogo. Os índios estão se manifestando de forma positiva e é possível fazermos ajustes no decreto", afirmou.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação