postado em 14/01/2010 17:46
Os policiais militares acusados de espancar um agricultor na tarde do ultimo domingo, dia 10, foram afastados nesta quinta-feira (14/01) pelo comandante da Companhia de Polícia de Piancó, capitão Geraldo José Dedeu.
Os militares integram o destacamento da cidade de Santana dos Garrotes, no Sertão paraibano, localizada a 414,7 quilômetros de João Pessoa.
O afastamento foi decido após o comando da companhia ter recebido uma denúncia acusando o cabo Antônio Ferreira Dias, o cabo "Manuelzinho", de espancar o agricultor. A vítima teria sido o agricultor Adailton Cirino, de 34 anos, morador da periferia da cidade.
O agricultor relatou que tinha discutido por volta das 13 horas com outro rapaz. Adailton Cirino afirmou que não houve briga e que, em seguida, foi embora para casa. Ele frisou que no caminho os policiais chegaram com uma viatura, detendo-o, sendo algemado nos braços e nos pés.
"Quando chegamos lá (na sede do destacamento), eles tiraram a minha roupa e o cabo começou a me bater com um cacetete. Eu apanhei das 14h às 19h, quando ele viu que eu estava prestes a desmaiar ele parou%u201D revelou o agricultor.
Na manhã da segunda-feira, dia 11, as agressões só foram percebidas na manhã de segunda-feira, quando o seu advogado foi até a cadeia e exigiu a sua liberação. Ele foi transferido para um hospital em Campina Grande e os médicos chegaram a temer que o agricultor ficasse paraplégico.
Quando foi informado da ocorrência, o comando da polícia militar da cidade de Piancó, que é o responsável pelo policiamento de Santana dos Garrotes, imediatamente solicitou a transferência dos envolvidos. %u201CApesar da acusação ser apenas contra o cabo, nós resolvemos transferir todos para evitar qualquer tipo de interferência no processo de investigação. Nós iremos investigar tudo e se realmente o abuso aconteceu, os responsáveis serão punidos exemplarmente%u201D disse o capitão Geraldo José.
O oficial acrescentou que na manhã desta quinta-feira foi aberta uma sindicância para apurar o ocorrido, que poderá também dar origem a um Inquérito Policial Militar (IPM).
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