Brasil

Ministério Público denuncia três franceses e dois brasileiros por tumulto em voo da TAM

postado em 20/01/2010 15:35
O Ministério Público Federal em Guarulhos (SP) denunciou três franceses e dois brasileiros pelo crime de atentado contra a segurança aérea. Segundo o MPF, eles teriam causado tumulto e tentado invadir a cabine de comando de um avião da TAM durante o procedimento de decolagem. O voo JJ8096 partia do aeroporto internacional de Cumbica com destino à França. O episódio ocorreu às 2h30 do último dia 7 de dezembro.

[SAIBAMAIS]Um dos franceses também foi denunciado por desacato à autoridade e resistência à prisão, por ter agredido com um soco um dos policiais federais que tentavam retirá-lo do avião.

Para o MPF, os acusados expuseram o voo a risco, uma vez que o tumulto ocorreu quando a aeronave estava prestes a decolar.

Segundo o Ministério Público, depois de problemas técnicos que atrasaram a decolagem da aeronave, o comandante do voo ofereceu aos passageiros a alternativa de desembarque, mas ninguém aceitou. Conforme a denúncia, após o anúncio do fechamento das portas do avião, o grupo passou a insuflar os demais passageiros, que deixaram seus assentos e tentaram invadir a segunda seção da classe executiva.

O MPF afirma que os três franceses denunciados incentivaram a invasão da cabine de comando quando a aeronave já estava com o motor esquerdo ligado e taxiando na pista de decolagem. O comandante, com receio de que a cabine fosse invadida, resolveu, então, abortar a decolagem.

A Polícia Federal foi chamada, e os passageiros retornaram a seus lugares. Dois passageiros, com problemas de saúde, foram atendidos. Os comissários identificaram os líderes do tumulto e apontaram os três franceses e os dois brasileiros.

De acordo com o MPF, durante a retirada do francês que agrediu o policial brasileiro, o acusado alegou que não estava sujeito às leis brasileiras e que não acataria a ordem dos policiais para desembarque, que só o faria sob ordem de policiais franceses. Os três franceses denunciados estão obrigados a permanecer no Brasil até o julgamento do caso.

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