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Homem que executou ex-mulher em BH não demonstra arrependimento

Ivan Satuf
postado em 22/01/2010 11:44
[SAIBAMAIS]Calado, sem mostrar qualquer emoção e com os olhos baixos. Assim estava o borracheiro Fábio Willian Silva Soares, de 30 anos, apresentado na manhã desta sexta-feira no Departamento de Investigações da Polícia Civil, em Belo Horizonte. Ele matou a tiros a ex-mulher, a cabeleireira Maria Islaine de Morais, de 31 anos, dentro de um salão de beleza no Bairro Santa Mônica, na região de Venda Nova. Fábio foi detido no final da tarde de quinta-feira em uma área rural próximo a Morada Nova de Minas, na região Central do estado. Ele foi transferido ainda na quinta-feira para a capital e está na carceragem do Ceresp São Cristóvão. EULER JÚNIOR/EM/D.A PRESS/REPRODUÇÃOO delegado Álvaro Homero, responsável pelas investigações, disse que o borracheiro deve ser indiciado por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e impossibilitar a defesa da vítima. ;Ele falou muito pouco numa primeira conversa que tivemos hoje. Disse apenas que cometeu o crime por ciúmes da ex-mulher e por divergências na separação de bens;, afirmou o delegado. Em momento algum Fábio se disse arrependido de ter cometido o assassinato. Se condenado ele, pode pegar de 12 a 30 anos de prisão. O advogado de defesa, Ércio Quaresma, queixou-se do tratamento dado ao caso. ;É um homem transtornado que precisa de um tratamento. Nós não estamos tratando de um animal;, afirmou. Duas testemunhas já foram ouvidas e outras três pessoas devem prestar depoimento ainda nesta sexta-feira. O inquérito deve ser entregue à Justiça até o dia 30 de janeiro. Fuga Após fugir, Fábio foi de carro até Morada Nova de Minas, onde mora o pai de um amigo. Ao perceber que a polícia já estava em seu encalço, decidiu se esconder num matagal. ;Ele ficou mais de 12 horas no mato, mas saiu quando sentiu fome e sede. Em seguida, foi reconhecido por moradores e denunciado à polícia;, conta o delegado Álvaro Homero. De acordo com o delegado, a perícia encontrou nove perfurações no corpo de Maria Islaine. O borracheiro disse à polícia que a arma foi jogada na estrada, durante o trajeto até Morada Nova de Minas. Os legistas acreditam que arma usada no crime é uma pistola 9 milímetros. Os registros mostram que o homem não tem porte ilegal e é réu primário. Carta de amor A polícia encontrou com um suspeito uma carta escrita à mão e assinada por Maria Islaine. ;Ainda não foram realizados exames periciais. É uma carta de amor, com um pedido de reconciliação, mas não sabemos quando foi escrita. A princípio, é um documento que não interfere nas investigações;, afirmou o delegado. O corpo da cabeleireira foi sepultado na quinta-feira em São Sebastião do Rio Preto, no Alto Jequitinhonha, terra natal da vítima. (Colaboraram Priscila Robini e Alexandre Vaz/Portal Uai) Fábio não se manifestou ao ser apresentado pela polícia na manhã desta sexta-feira

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