postado em 23/01/2010 16:04
Cerca de 20 mil pessoas esperam por uma cirurgia no Instituto Nacional de Traumato-Ortopedia (Into), unidade de referência do Ministério da Saúde localizada no Rio de Janeiro.Segundo o vice-diretor do instituto, João Matheus Guimarães, as maiores filas de espera encontram-se nas especialidades de cirurgias de prótese de quadril, de prótese de joelho e de coluna vertebral. Para essas cirurgias, os pacientes podem aguardar até três anos.
Para cirurgias menos complicadas, a fila é menor, assim como o tempo de espera. Para as intervenções em mãos e pés, por exemplo, a espera pode ser de apenas um mês, conta o vice-diretor.
A fila de espera por cirurgias no Into vem crescendo ano a ano, já que o instituto não consegue atender à demanda e, com isso, o número de pacientes vem acumulando. Em 2008, por exemplo, a fila tinha 17 mil pacientes.
A expectativa do vice-diretor do Into é de que esse problema seja minimizado com a inauguração da nova sede do instituto, que funcionará no antigo prédio do Jornal do Brasil, na zona portuária do Rio de Janeiro. Com o novo local, espera-se ampliar de oito para 21 o número de salas de cirurgia, mais do que dobrando a capacidade do Into.
Parte do novo prédio já deverá ser inaugurada em maio deste ano. O restante das obras será gradualmente liberada até que, em outubro deste ano, o novo Into possa estar funcionando plenamente. Entre maio e outubro, portanto, a mudança da sede atual para o novo prédio deverá ser gradual.
;O planejamento é para que essa mudança seja escalonada, porque é como se a gente tivesse trocando um pneu com o carro em movimento. A gente não tem como parar o nosso hospital, que tem 20 mil pessoas na lista aguardando cirurgia e que opera num volume grande. Então, a ideia é fazer uma mudança gradual exatamente para que não haja uma interrupção completa do atendimento aos pacientes;, disse.
Com a nova sede, o Into acredita que a espera para cirurgias como as de quadril e joelho seja reduzida de três anos para um ano e meio. O novo hospital também permitirá triplicar a capacidade de atendimentos ambulatoriais.