postado em 25/01/2010 11:50
Cerca de um mês após a tripulação de seis pescadores nigerianos ter sido deportada para seu país de origem, a embarcação navegada por eles continua encalhada na praia de Búzios desde outubro do ano passado, servindo como cenário para fotografias de veranistas e turistas e alvo da curiosidade de quem passeia pela beira mar. Apesar do navio conter um aviso pintado em sua lateral, avisando para "não entrar", é comum flagrar banhistas procurando subir na embarcação. Segundo o capitão da Marinha Francisco Vasconcelos, comandante da Capitania dos Portos, o empresário nigeriano proprietário do barco informou que virá ao estado para providenciar a remoção da embarcação, mas não há prazo para que a providência seja tomada.
Francisco Vasconcelos conta que, há cerca de duas semanas, a prefeitura de Nísia Floresta, município sede da praia de Búzios, fez um pedido para a empresa nigeriana Mide para a retirada da embarcação. O proprietário do navio teria informado que viria ao Brasil tomar as providências para a remoção. "Desde então, ele não fez qualquer outro contato". Ainda segundo o capitão, um morador de Búzios teria sido contratado pelo empresário nigeriano para tomar conta da embarcação. "Só não podemos confirmar essa informação, por se tratar de uma propriedade privada", comentou.
O barco, anteriormente, estava sendo cuidado pelos pescadores nigerianos, mas esses foram deportados no mês de dezembro. De acordo com a Polícia Federal, quatro deles teriam ido no dia 22, e os outros dois no dia 29. Todos foram enviados de avião para a sua pátria.
Relembre o caso
A embarcação nigeriana encalhou no litoral potiguar, juntamente com os seus seis tripulantes, no dia 3 de outubro do ano passado, depois de uma pane geral nas máquinas. Segundo os próprios pescadores, eles teriam saído cerca de um mês antes para pescar em alto mar, no litoral nigeriano, mas, após os problemas no motor central e no gerador de energia, ficaram à deriva, sem eletricidade ou qualquer tipo de comunicação, até chegar ao Brasil. Eles foram acolhidos por um comerciante local, até que foram deportados à Nigéria.<--# GFO FIM TEXTO GFO #-->