Rio de Janeiro - Termina amanhã o prazo dado pela Justiça para que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) comece as obras de recuperação no Km 477 da rodovia Rio-Santos, principal acesso a Angra dos Reis. Na quarta-feira, a juiza federal, Maria de Lourdes Coutinho Tavares, deu 72 horas para a autarquia iniciar a recuperação da estrada próxima ao trevo da cidade, onde o tráfego está fluindo em meia pista.
O secretário de Meio Ambiente de Angra, Marco Aurélio Vargas, disse que a construção de uma variante na altura do Km 477, onde houve deslizamento de terra e a estrada caiu tem que ser feita com urgência.
O Dnit disse que a atitude da administração municipal foi precipitada e que cinco empresas, contratadas em caráter emergencial, já estão trabalhando na obra.
;Acho que foi extemporânea esta medida da prefeitura, foi uma infelicidade. Bastava ter nos procurado, até porque nós estamos trabalhando o tempo todo, desde os deslizamentos do Ano Novo na desobstrução das pistas", disse o assessor da Superintendência do Dnit no estado, Alberto de Morais. ele assegura que na segunda-feira passada (25), o Dnit enviou relatórios para a direção colegiada do órgão, que se reuniu em Brasília no dia seguinte e a via emergencial foi aprovada.
Segundo o Dnit, as obras são feitas abaixo do nível da estrada, por isto os operários não são vistos. Mas para a prefeitura não há obra alguma no local e 150 casas do Condomínio Praia do Jardim 2 estão ameaçadas pelo risco de mais desabamentos naquele trecho da rodovia.
O representante do Dnit reconhece a lentidão dos trabalhos e atribui a burocracia. Ele cita a Lei n; 8.666, que regula as licitações no serviço público. Morais disse que os laudos e projetos de obras já foram examinados na sede do departamento em Brasília, por isto as cinco empresas contratadas em caráter emergencial só agora puderam começar a trabalhar.
O secretário municipal rebate o argumento e diz que o Dnit conhece os pontos de risco independentemente de chuvas e que os laudos e projetos deveriam estar prontos há muito tempo. Segundo ele, além de Praia Jardim 2, estão ameaçados o Condomínio Mombaça, a comunidade de Tapinhatuba, os 8 mil trabalhadores do estaleiro da antiga Verolme, o terminal marítimo da Petrobras e até o Complexo Nuclear de Angra dos Reis.
O assessor do Dnit concorda que a obra do Km 447 é o principal problema, mas afirma que todos os 28 pontos onde houve deslizamentos de médio a grande porte estão liberados ao tráfego.
A maior preocupação da prefeitura é a proximidade do carnaval. Com o problema na estrada, os turistas podem ter dificuldade de chegar a cidade o que avi perjudicar o comércio. O secretário estima em quase 170 mil o número de pessoas que vivem do turismo em Angra.
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