postado em 31/01/2010 14:17
O Dia Mundial de Combate à Hanseníase, comemorado hoje, foi marcado no Rio de Janeiro por diversas ações de conscientização sobre a importância do reconhecimento precoce dos sintomas e da busca por auxílio médico logo que os primeiros sinais da doença surgirem. Para esclarecer e alertar a população, foram montadas tendas em locais de grande concentração especialmente nesta época do verão, como as praias do Leme e de Copacabana, na zona sul, e no Piscinão de Ramos, na zona norte.
Durante toda a manhã, técnicos da Secretaria Estadual de Saúde, médicos e especialistas de vários hospitais e universidades tiraram dúvidas, distribuíram folhetos e conversaram com os banhistas.
De acordo com a gerente de Dermatologia Sanitária do estado, Kédman Trindade, a ação, de caráter preventivo, é fundamental, pois quanto mais cedo a doença for descoberta, mas rápido o paciente reage ao tratamento.
"A hanseníase é uma doença que tem cura, independente do estágio em que é descoberta. Mas se isso ocorre logo que os primeiros sintomas são percebidos, além de evitar novas transmissões, a resposta ao tratamento é mais rápida."
A dermatologista lembrou que a patologia é causada por uma bactéria transmitida por meio do contato direto com doentes. Entre os principais sintomas estão sensação de formigamento ou dormência nas extremidades do corpo, manchas brancas ou avermelhadas, geralmente com perda da sensibilidade ao calor, frio, dor e ao toque, caroços e placas em qualquer região do corpo e diminuição da força muscular.
Dados da Secretaria Estadual de Saúde mostram que em 2009 foram registrados no Rio de Janeiro 1.683 novos casos da doença, principalmente na capital, em São Gonçalo, na região metropolitana, em Campos dos Goytacazes, no norte do estado, e nas cidades da Baixada Fluminense. A média está dentro do padrão recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de um novo caso para cada grupo de 100 mil habitantes.
Em todo o Brasil, no mesmo ano, foram notificados 32 mil novos casos, o que, de acordo com o Ministério da Saúde, representa uma redução de 30% nos últimos cinco anos.