postado em 01/02/2010 09:52
[SAIBAMAIS]Salvador - Após três dias de debates, o Fórum Social Mundial Temático da Bahia recebeu avaliações positivas do próprio comitê organizador e de movimentos sociais que participaram do encontro. Eles admitem, entretanto, que a ausência de chefes de Estado latino-americanos e africanos ; além do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva ; tirou um pouco do brilho do evento.
;Não pudemos contar com a participação de líderes latino-americanos e africanos e isso se justifica pelo curto prazo que houve para se articular a presença deles. Evidentemente, a ausência do nosso presidente constrangeu outros que eventualmente poderiam decidir vir de última hora. Não tendo o presidente anfitrião, fica mais delicado outros virem;, avaliou um dos fundadores do Fórum Social Mundial, Kjeld Jakobsen, que coordenou o encontro em Salvador.
Mas, para ele, o conteúdo e o nível de participação nos debates merecem elogios ; mesmo considerando o curto prazo para organização. As primeiras discussões, segundo Jakobsen, começaram apenas em setembro do ano passado e os nomes dos integrantes das mesas foram definidos em dezembro e janeiro.
Entre os destaques, o coordenador citou a mesa Diálogos e Controvérsias, que seria coordenada por Lula, mas acabou conduzida pelo ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias. Jakobsen destacou que é importante que, além da Carta de Salvador, seja feita uma avaliação capaz de indicar pontos positivos e negativos do evento. ;Isso para que, se tudo der certo, quando a Bahia receber o Fórum Social Mundial em 2013, não cometamos os mesmos erros.;
A representante da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), Lúcia Stumpf, também fez uma avaliação positiva sobre o fórum, com destaque para o grande envolvimento dos participantes e não apenas dos palestrantes. Esse, na opinião dela, foi um diferencial inclusive em relação ao Fórum Social 10 Anos, realizado em Porto Alegre na semana passada.
;Aqui em Salvador, foram os atores sociais os protagonistas do fórum, mais do que ONGs ou outras entidades.;