postado em 01/02/2010 19:43
O Brasil e o Reino Unido se uniram para articular entre os pesquisadores a formação de uma rede de pesquisa voltada para o público feminino e ainda incentivar a consolidação de políticas públicas visando a maior inserção e participação das mulheres em todos os campos da ciência no Brasil e em outros países. Para isso, os dois países realizam até amanhã (2/2) o encontro Brasil-Reino Unido sobre Mulheres e Ciências, na sede do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Hoje (1;), na abertura do evento, estiveram a ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), Nilcéia Freire, o presidente do CNPq, Carlos Aragão e a vice-presidente Wrana Panizzi.
Wrana Pazzini destacou a importância do envolvimento das mulheres em todas as esferas, inclusive no campo científico. ;Nós mulheres somos aquelas que queremos participar do mundo em todos os sentidos, em todas as suas lutas;, disse.
De acordo com dados divulgados no encontro, o número de bolsas em produtividade de pesquisa distribuídas pelo CNPq anualmente é destinado majoritariamente para o sexo masculino. Apenas 34% das bolsas são destinadas à mulheres. Em algumas áreas, como engenharia elétrica, a porcentagem de bolsas para mulheres só chega a 5%.
A respeito da disparidade de bolsas destinadas aos diferentes gêneros, a ministra Nilcéia disse que ;não existe nenhum determinante biológico para as mulheres gostarem mais de humanas e os homens de exatas, isso é uma construção cultural. Então, à medida que essa construção é desfeita, certamente mudará esse padrão de distribuição;.
O encontro foi promovido pelo British Council Brasil em parceria com o CNPq e a SPM.
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