Rio de Janeiro - Com cerca de 160 adesões até a semana passada, o 1; Prêmio Nacional de Expressões Culturais Afrobrasileiras espera encerrar o período de inscrições, que se estenderá até o dia 5 de março próximo, com até 700 concorrentes, disse nesta quinta (4/2) a presidente do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Osvaldo dos Santos Neves (Cadon), Ruth Pinheiro.
O prêmio é resultado de reivindicação feita ao Ministério da Cultura (Minc) pelos 160 grupos de artistas de teatro e dança que participaram do 2; Fórum de Performance Negra, realizado em Salvador (BA), em 2006. O lançamento do edital ocorreu em janeiro passado. O prêmio é uma iniciativa do Minc em parceria com a Fundação Cultural Palmares (FCP) e o Cadon e tem patrocínio da Petrobras.
Ruth disse que o grande objetivo do prêmio é ;dar visibilidade para os artistas dedicados à cultura afrobrasileira;. Uma das cláusulas do edital estabelece que as companhias ou artistas individuais estejam trabalhando, no mínimo, há dois anos, de forma ininterrupta, com a questão afro. ;Tem muitos grupos espalhados pelo Brasil que não são conhecidos;.
O edital visa também descobrir novos talentos. ;A ideia é incentivar que eles continuem fazendo cultura. É tentar pegar o Brasil todo;, afirmou. A premiação é dividida em três modalidades: teatro, dança e artes visuais, sendo que esta última engloba fotografia, pintura, grafite, design, escultura, gravura, arte tecnológica, entre outros segmentos.
Segundo Ruth, serão distribuídos ao todo 20 prêmios, abrangendo todas as cinco regiões do país. Em cada uma delas, as áreas de teatro e dança serão contempladas com R$ 160 mil, divididos meio a meio. Para artes visuais, haverá dois prêmios nos valores de R$ 40 mil e R$ 20 mil para os primeiros colocados em todas as regiões. As inscrições só podem ser feitas pela internet, no site www.premioafro.org