Brasil

Crianças são mais vulneráveis ao calor extremo, alerta pediatra

postado em 06/02/2010 13:06
Brasília - As crianças são mais vulneráveis às chamadas doenças de verão %u2013 geralmente representadas por sintomas gastrointestinais %u2013 do que os adultos e merecem atenção redobrada nesta época de temperaturas mais elevadas. A avaliação é do pediatra e membro do Conselho Federal de Medicina, Luiz Carlos Beirute. Ele explicou, em entrevista à Agência Brasil, que dois episódios de vômito ou diarreia, por exemplo, são suficientes para provocar desidratação em crianças. Isso porque o organismo delas necessita de mais água do que o dos adultos para funcionar. Febre, de acordo com o médico, também é sinal de perigo, já que também leva à perda de água por meio do suor. Os pais devem ficar alertas a sinais como a perda do brilho dos olhos, um súbito estado inativo e alterações na pele que, nesses casos, fica mais ressecada. A orientação para prevenir problemas com as crianças, segundo Beirute, é estimular a ingestão de líquidos e de frutas e verduras %u2013 nada de alimentos gordurosos e típicos do verão, como churrascos, salgados e enlatados. %u201CNos períodos mais quentes, o organismo tem dificuldade em processar os alimentos e por isso ocorrem os episódios de vômito e diarreia%u201D, explicou. Outro cuidado é a exposição ao sol %u2013 adultos devem evitar que ela aconteça por mais do que algumas horas e, no caso de crianças, o sol só é permitido antes das 10h e ao fim da tarde. Ao considerar o período de pré-carnaval em quase todo o país, Beirute destacou que os pais devem evitar levar as crianças para aglomerações. O acúmulo de pessoas abre caminho para a proliferação de viroses e o calor intenso contribui ainda mais. No caso delas, o risco é maior porque o sistema imunológico ainda não está maduro como o de um adulto. %u201DAo perceber qualquer sintoma como febre, vômito e diarreia com mais de 24 horas de duração, os pais devem observar a condição geral do paciente. Se estiver debilitado, fraco, sonolento, com reações mais lentas, há sinal de alerta. A orientação é procurar um serviço de emergência%u201D, alertou o pediatra.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação