postado em 22/02/2010 20:39
O ultraleve que caiu sobre um carro e duas veranistas na tarde de domingo (21) no Litoral Norte do Rio Grande do Sul não tinha qualquer registro. O piloto e o instrutor que estavam na aeronave que se acidentou em Dunas Altas, no município de Palmares do Sul, também não tinham certificados de piloto nem de autorização de voo. O delegado Peterson Benitez, da Delegacia de Polícia (DP) de Balneário Pinhal, responsável pelo inquérito, afirmou que o voo era totalmente irregular. Na queda da aeronave, ficaram feridas Olíria Marcos da Rosa, 67 anos, e sua nora Rita de Cássia Oliveira, 30 anos. Olíria está estado grave na UTI do Hospital Cristo Redentor, em Porto Alegre. Ela sofreu sérios ferimentos nas pernas ao ser atingida pelo ultraleve.
Antes de atingir o chão, a aeronave bateu no Fiat Uno da família, o que amorteceu a queda. As vítimas estavam sentadas junto ao carro, acompanhando uma pescaria em uma área menos movimentada da praia. O socorro foi feito por duas ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Balneário Pinhal.
O instrutor Marco Antônio Serafim e o aluno Valdecir Clarindo Soares, 38 anos, se apresentaram na DP de Quintão. Soares sofreu ferimentos leves no rosto por causa da queda e foi atendido em um posto de saúde de Cidreira. O instrutor nada sofreu.
Conforme o delegado Benitez, Soares e Serafim podem ser indiciados por lesão corporal de natureza grave, com pena de até cinco anos de prisão.