Brasil

Cooperativas fazem da extração de opala o sustento de centenas de famílias no Piauí

postado em 24/02/2010 16:45

Piauí ; As opalas são pedras preciosas conhecidas pela sua grande variedade de cores na mesma peça. Essa preciosidade é rara no mundo inteiro. Atualmente, apenas a Austrália e o Brasil possuem tamanha riqueza. No Brasil, o município de Pedro II, localizado há 220 quilômetros (km) de Teresina, é responsável por 80% da produção nacional.

A opala alcança altos valores comerciais no mercado internacional. A mudança de cores varia de acordo com o ângulo em que se olha a pedra. A variedade branca é a mais preciosa por apresentar até sete tonalidades de cores na mesma peça. Cada grama chega a custar R$ 200 em estado bruto.

Para explorar essa riqueza, os garimpeiros se organizaram em cooperativas. Segundo o proprietário da Opalas Pedro II, Juscelino Souza, que está há mais de 20 anos no mercado, a extração da pedra é responsável pelo sustento de centenas de famílias. ;Hoje qualquer pedaço de opala é aproveitado. Material que antes era desprezado, hoje sustenta várias famílias;.

A empresa foi a primeira a contratar ourives e produzir peças prontas. ;Queremos explorar todo o potencial da pedra;. Esse ano,será aberta a escola de jóias na cidade, onde jovens e adultos vão aprender todo o processo de fabricação das peças. O objetivo é treinar novos artesãos.

A cadeia produtiva da extração da pedra emprega cerca de 3 mil pessoas na cidade. Destas, 500 estão envolvidas diretamente com o garimpo. O restante está dividido em joalheiros, lapidários entre outras especialidades. Todo o processo de fabricação é artesanal.

Para aproveitar todos os pedaços de opalas encontrados, por menor que sejam, o empresário desenvolveu peças de mosaico. A junção de cada pedacinho da pedra forma peças valiosas. Atualmente, os mosaicos correspondem a 50% das vendas da loja.

A ideia também fez sucesso no exterior. Alemanha, Noruega e Suíça são alguns dos países importadores das jóias. A pedra também é conhecida pela sua raridade. Acredita-se que as opalas levam cerca de 60 milhões de anos para se formar.

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