Brasil

"Ele era sempre muito calado", diz sogra do maníaco

postado em 26/02/2010 14:31
Sem chão e fora do ar. Assim a mãe da vendedora Rose de Paula Camara, de 28 anos, definiu o próprio estado depois da prisão da filha e do genro, Marcos Antunes Trigueiro, de 31, suspeito de ser o maníaco do Bairro Industrial. ;Não sei o que dizer. Não tenho nada a ver com isso. São coisas da vida. Poderia ter acontecido com a filha de qualquer pessoa. A culpa não é minha. É o mundo;, disse M.B.C., que pediu para não ter o nome revelado. Ela mora no Bairro Regina, no Barreiro, próximo à área de atuação do serial killer.

M.B.C. foi avisada pela Polícia Civil, na noite de quarta-feira (24/2), da prisão da filha e do genro. Segundo ela, a polícia revistou a casa em que mora e solicitou algumas informações. Assustada, a pressão dela subiu e a levaram para um posto de saúde. ;Desde lá, não sei em que mundo estou. Não esperava jamais uma coisa dessas. Não conhecia muito bem o Marcos. Não tinha muito contato. Minha filha me visitava algumas vezes, mas ele era sempre muito calado;, contou.

Um filho de Rose, de outro relacionamento, e a filha do casal, de 1 ano e meio, estão na casa da avó. ;Eles não sabem o que está ocorrendo. Graças a Deus. Passei mal e já tinha problemas de pressão. Mas, agora, estou criando forças para cuidar dos meus netos. O resto da família está desolada, principalmente os mais novos que já entendem alguma coisa;, relatou. Desde a revelação do caso, muitos vizinhos têm ido à casa de M.B.C. ;Não posso nem sair de casa mais.;

[SAIBAMAIS]Religiosa fervorosa, ela disse que o genro passou a frequentar igrejas há pouco tempo. ;Minha filha tornou-se religiosa e o chamava para ir à igreja;, contou. Segundo ela, os dois são casados há dois anos, mas apenas no civil. Na noite de ontem, um grupo de orações foi formado na casa de M.B.C. ;Sempre fazemos e este estava programado. Não tem nada a ver com situação. Mas vamos pedir a Deus para dar forças à família.;

O casal chegou a morar no mesmo bairro da sogra. Em outubro de 2008, eles alugaram um barraco no Bairro Regina. No mesmo lote, o dono tem outros quatro barracos que também aluga. Segundo o homem, que não quis se identificar, Marcos e Rose ficaram apenas um mês na casa. ;Ele se apresentou como ex-presidiário. Contei as regras para morar lá e eles ficaram um mês;, disse, acrescentando que Marcos não conversava com ninguém, ao contrário de Rose, que ficava mais em casa. De acordo com o dono do barraco, o casal saiu do local sem pagar uma prestação do aluguel.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação