postado em 01/03/2010 14:01
A Refinaria Duque de Caxias (Reduc), na Baixada Fluminense, está sem luz e com toda a produção suspensa desde o final da tarde desse domingo (28/2) por causa de um incêndio na subestação de energia que abastece a unidade.A Petrobras informou, em nota, que o incêndio foi de pequeno porte e que não houve feridos nem danos ambientais. O comunicado ainda que, após a análise das condições da subestação e das causas do incêndio, a operação será retomada.
Porém, o Sindicato dos Petroleiros de Duque de Caxias alerta que a reconstrução da subestação de energia pode demorar dias ou até meses, o que pode provocar um desabastecimento de derivados como óleo diesel, gás e querosene de avião para o Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais.
Segundo o presidente do sindicato, Simão Zanardi, com a falta de energia, todas as etapas de produção da unidade estão paralisadas, inclusive o bombeio do gás que vem da Bacia de Campos.
;A situação é bastante crítica, porque mesmo a produção que está no estoque só pode ser escoada se for por carretos, já que não há energia em toda a Reduc. Mas nossa preocupação é principalmente com os trabalhadores de turno que têm que ficar na unidade para garantir a segurança dos equipamentos, verificando se há vazamentos ou rompimento de alguma válvula;.
De acordo com Simão, o sistema secundário de energia da refinaria ainda não entrou em operação e, assim mesmo, conforme explicou, não tem capacidade para garantir o funcionamento total da unidade, que consome 70 megawatts por dia, o equivalente ao consumo de uma grande cidade.
Em uma reunião na manhã de hoje (1;) com o superintendente da Reduc, João Barusso Lafraia, o sindicato conseguiu a liberação dos funcionários administrativos da unidade. Além da falta de luz, que impede o funcionamento do restaurante, não há água nos banheiros.
;Pedimos a ele [João Lafraia] que tenha muita calma, porque os trabalhadores estão temerosos com o risco de acidentes na refinaria. O superintendente nos garantiu que a Petrobras está buscando mecanismos para minimizar os danos;, acrescentou.
Sobre os prejuízos, o sindicalista afirmou que são incalculáveis, mas arriscou que as perdas podem chegar à casa do bilhão.