postado em 10/03/2010 14:36
Ao participar da solenidade de instalação do Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento da Política Nacional para a População em Situação de Rua, o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, afirmou que estabelecer uma ação integrada para atender moradores de rua é um desafio.Composto por representantes de nove ministérios e por nove integrantes da sociedade civil, o comitê será coordenado pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos (SEDH) e terá o objetivo de elaborar e coordenar políticas públicas para esse segmento da população. As ações incluem áreas como segurança alimentar, habitação, saúde e educação.
;Não é questão de fazermos algo em especial, como os albergues, mas um conjunto de ações para combater a fome, políticas públicas de assistência social e de transferência de renda, educação, saúde, trabalho, capacitação profissional, cultura. É esse conjunto de ações que possibilita que as pessoas desenvolvam as suas potencialidades e possam dar a sua contribuição;, disse Patrus.
[SAIBAMAIS]Ele avaliou ainda que, por mais que os governantes tenham ;boa vontade;, é preciso que a própria população de rua cobre ações para que outras demandas não ;atropelem; as promessas do comitê.
O ministro da SEDH, Paulo Vannuchi, disse que o lançamento do comitê é um ;momento histórico;, mas que o papel de coordenador das ações precisará ser ;partilhado; com as demais pastas ; Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Justiça, Saúde, Educação, Cidades, Trabalho e Emprego, Esportes e Cultura.
;A partir de hoje, a tarefa cresce. Essa é a nossa responsabilidade para se ter um país cada dia mais promotor e defensor dos direitos humanos;, afirmou.
O chefe de gabinete da Presidência da República, Gilberto de Carvalho, lembrou que o Estado brasileiro não foi pensado para a população de rua. ;Não há espaço na lei, nas determinações, espaço físico, nada. Cavar esse espaço é um trabalho de garimpo;, disse.