postado em 10/03/2010 20:39
Em cerca de dois meses, Minas Gerais terá um sistema automatizado de identificação de impressões digitais de criminosos (Afis). O acordo de cooperação técnica foi assinado nesta quarta entre a Polícia Civil e a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp). Com a implantação do sistema o estado ficará interligado com o banco de dados da Polícia Federal, estendido aos demais estados do país. O recurso tecnológico que será doado à instituição por meio de convênio com a Senasp, do Ministério da Justiça e o Departamento de Polícia Federal (DPF), permitirá a criação de um banco de dados de suspeitos e criminosos com capacidade atual de cerca de seis milhões de registros.
A implantação do Afis criminal tem como objetivo agilizar o resultado das perícias papiloscópicas, identificando de forma instantânea a impressão digital de possíveis suspeitos deixadas nos locais de crime. Isso porque o programa realiza automaticamente a leitura e a comparação dos fragmentos de impressões digitais na base de dados criminais.
Agilidade
O sistema permitirá ainda a identificação de forma mais rápida e eficaz de cadáveres encontrados sem nenhum documento. A tecnologia facilitará o esclarecimento de vários crimes por meio de analise criminal, permitindo até mesmo o confronto de digitais em locais de crime. Até então o trabalho de registro criminal era feito manualmente e muitas vezes levava semanas para ser concluído. Com o Afis a identificação ocorrerá em questão de minutos e os resultados começarão a aparecer mais facilmente.
Com a implantação do sistema a Polícia Civil irá se conectar com o núcleo central de armazenamento de dados sediado no Instituto Nacional de Identificação - INI da Polícia Federal, por meio da Rede Infoseg, do Ministério da Justiça, podendo identificar também criminosos de outros estados que tenham praticado crimes em Minas.
O sistema já é utilizado com sucesso por diversos organismos policiais e agências de identificação do mundo. No Brasil esse recurso tecnológico de última geração vem sendo implantado desde 2004 e em breve cada um dos 27 estados do País deverá ter no mínimo um computador conectado a este banco de dados de coleta e envio de digitais.
Outra novidade é que a mesma estação Afis fixa é dotada de uma estação móvel de identificação completa, totalmente digital e de um comparador portátil que permitira a ampliação do trabalho desenvolvido durante os plantões das delegacias da capital e região metropolitana.
As informações são da Polícia Civil de Minas.
(edição Elaine Pereira/Portal Uai)