postado em 11/03/2010 15:43
Um prédio residencial de quatro andares desabou, por volta do meio-dia dessa quarta-feira, em Manhuaçu, na Zona da Mata. No momento do acidente, não havia moradores no local. Um pedreiro que trabalhava em um dos apartamentos ainda em acabamento ouviu um forte estrondo e avisou os outros colegas. Cerca de dez minutos depois, a estrutura ruiu.
Segundo a coordenadora da Defesa Civil da cidade, Maria Tereza Nacif, uma casa vizinha ao prédio também desabou. Na residência, localizada no Bairro Lajinha, estava um casal de idosos que preparava o almoço. Eles foram avisados pelos pedreiros sobre o risco do edifÃcio desmoronar e conseguiram sair a tempo. Outras três casas no entorno também foram atingidas, mas não correm risco de cair. Houve queda de muros e as paredes apresentam rachaduras.
Os moradores foram orientados a deixar os imóveis, já que havia riscos de novos acidentes. Toda a área foi isolada com tapumes. Maria Tereza explica que o trabalho na quarta-feira, junto com a PolÃcia Militar e o Corpo de Bombeiros, foi o de retirar as famÃlias o mais rápido possÃvel da região. Nesta quinta-feira vão começar as investigações para identificar as possÃveis causas do desmoronamento.
A coordenadora da Defesa Civil explica que, na semana passada, técnicos fizeram uma vistoria em algumas casas na Rua das Hortências, onde o prédio estava construÃdo. %u201CNa ocasião, o prédio não foi vistoriado porque não havia relatos de problemas. Ao contrário, parecia uma construção bastante segura e, visualmente estava adequada. Aparentemente havia integridade na estrutura externa%u201D, comentou.
"Parecia uma implosão"
O laudo com o motivo do desabamento deve sair em 30 dias. %u201CEstamos trabalhando com todas as hipóteses, desde uma falha no terreno até um erro no cálculo estrutural. Mas a forma como o prédio caiu está nos intrigando. Parecia uma implosão, toda a estrutura caiu no próprio terreno%u201D, disse.
O engenheiro responsável pela obra estava viajando e já foi acionado para prestar esclarecimentos. Apenas dois apartamentos já tinham moradores. Os demais estavam semi-acabados e seriam colocados à venda.
Veja imagens que foram ao ar no Jornal da Alterosa: