Brasil

Bando preso em Uberlândia com dinheiro falso atuava também em São Paulo e Goiás

Polícia ainda não sabe extensão do golpe

Pedro Rocha Franco
postado em 12/03/2010 07:00
A Polícia Federal prendeu ontem, em Uberlândia (MG), cinco integrantes de uma quadrilha responsável pela fabricação e derrame milionário de notas falsas no Triângulo Mineiro e nos estados de São Paulo e Goiás. O bando fraudava com precisão cédulas de R$ 50 ; a ponto de enganar especialistas e equipamentos identificadores de moeda. Um dos acusados já havia sido preso por crime semelhante em Goiás no ano passado. Os nomes foram preservados pela PF.

A Operação Réplica foi o ponto culminante de uma investigação iniciada em junho do ano passado, quando foram instaurados na cidade mineira 120 inquéritos por receptação de dinheiro falso. A partir da identificação dos negociadores intermediários, responsáveis por distribuir as notas, os policiais mapearam a função e a hierarquia de cada criminoso. Segundo o delegado Daniel Ladeira Carvalho, os clientes do esquema também foram monitorados.

O grupo agia dividido em três braços: fabricação, captação de compradores e receptação. As notas eram impressas em pequenas gráficas, instaladas nas residências dos acusados, no centro de Uberlândia. O equipamento usado era profissional e capaz de produzir cédulas muito semelhantes às originais, com imperfeições imperceptíveis até por funcionários de bancos.

Dois papéis bem finos eram colados e garantiam a reprodução inclusive da marca d;água e da ranhura. Também eram forjados o fio de segurança e a assinatura do Banco Central. ;Até as canetas usadas para confirmar a autenticidade de dinheiro não as reconheceram como falsas;, afirmou o delegado.

A segunda ramificação do bando tratava do repasse do material aos compradores. Eles adquiriam as notas por até oito vezes menos o valor da face e revendiam a pessoas que desconheciam a origem do dinheiro. Durante a operação, os agentes apreenderam fotolitos para produção das notas falsas, impressoras, cortadoras industriais, folhas especiais já com o brasão da República estampado e um aparato que simulava os elementos de segurança das cédulas.

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