A Polícia Federal (PF) informou nesta sexta-feira (19/3) que vai apurar o desaparecimento de elementos que contribuiriam para revelar detalhes do assassinato do cartunista Glauco Villas Boas e de seu filho Raoni. Após a prisão de Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, o Cadu, não teriam sido encontrados um celular, um dos pentes da pistola usada no crime e na fuga, e cerca de R$ 2 mil que estariam com o assassino confesso no momento da tentativa de fuga.
O delegado federal Marcos Paulo Pimentel acrescentou que não descarta a hipótese de o próprio Cadu ter se desfeito dos objetos. Outra possibilidade é de os elementos terem se perdido na tentativa de fuga ou no ato da prisão do acusado, já que o jovem passou por diversas corporações até ser transferido para a Delegacia da PF.
[SAIBAMAIS]O celular seria uma peça fundamental para a polícia descobrir o que se passou após o crime. Após ter matado Glauco e Raoni, o acusado teria feito três ligações. O rastreamento do aparelho revelou também que Cadu percorreu 11 torres (o equivalente a nove quilômetros) em 7 minutos, o que afasta a tese de que ele tenha fugido do local do crime a pé. A polícia investiga se Cadu recebeu a ajuda de Felipe Iasi para fugir.
O crime
Cadu assassinou Glauco e Raoni na sexta-feira (12/3), na residência da família, em Osasco (SP). Após os disparos, Cadu ficou escondido na mata próxima à casa do cartunista até o início da manhã seguinte. Na manhã de domingo (14/3), pegou um ônibus e depois roubou um carro na Vila Sônia, Zona Oeste de São Paulo. Seguiu para Foz do Iguaçu, no Paraná, onde tentou fugir para o Paraguai. Na fuga, ele resistiu à abordagem da Polícia Rodoviária Federal. Uma hora depois, atirou em um policial federal que tentou pará-lo na Ponte da Amizade.