Luiza Seixas
postado em 23/03/2010 08:32
Aproximadamente 1,6 milhão de profissionais de saúde e índios de todo o país, de acordo com balanço parcial do Ministério da Saúde, já estão imunizadas contra a influenza A (H1N1). Agora, como parte da segunda etapa de vacinação, que começou ontem e vai até 22 de abril, a meta é atender mais 20 milhões de pessoas. Esse número inclui 3 milhões de grávidas, 4,3 milhões de crianças entre 6 meses e 2 anos e 13 milhões de doentes crônicos com menos de 60 anos. Esses grupos, de acordo com especialistas, são os que mais preocupam, pois devido a suas condições têm uma resposta imunológica baixa e, assim, ficam mais suscetíveis a infecções.Muito provavelmente por causa da situação de risco, essa parte da população, no primeiro dia de vacinação, formou fila nos centros de saúde para se imunizarem contra a doença. No Centro de Saúde 8 do Distrito Federal, mais de 240 pessoas compareceram para receber a medicação ontem. A justificativa, além dos riscos, está nos números da gripe suína, que ; eles alegam ; ainda são preocupantes. Segundo a Secretaria de Saúde do DF, já foram registrados 5.326 casos de síndrome gripal, sendo 34 em gestantes, e 20 casos de síndrome respiratória aguda com dois confirmados de H1N1.
;No ano passado, eu soube de muita gente que morreu por causa da doença, inclusive grávidas. E este ano meu médico tem me falado de algumas que estão com suspeita da gripe. Preciso me prevenir e cuidar da minha saúde e da do bebê. Sei que a minha imunidade não é a mesma que a de outra pessoa, é bem menor, portanto não posso me descuidar;, justificou a manicure Josefa Alves de Almeida, grávida de 7 meses. ;Além disso, tenho outros dois filhos que não estão no cronograma de vacinação. Por isso, preciso evitar a doença para não passar para eles;, completou.
Também grávida de 7 meses, Silvanha Silva preferiu se vacinar no primeiro dia. Além de gestante, ela trabalha na área de saúde. ;Eu tenho dois motivos para me vacinar. Por estar em contato com doenças todos os dias, corro mais risco de pegar uma doença;, afirmou. Curiosamente, mesmo trabalhando com saúde, ela não escondeu o medo da vacina. ;Estou com medo de ter alguma reação contrária. A vacina é nova e nós ainda não sabemos direito como funciona;, explicou.
Um receio que, eventualmente, aparece entre quem precisa se vacinar. Celiano Fernandes, 32 anos, levou o filho Mateus Viana, de 7 meses, para tomar a vacina. Mas, antes, ele conta que passou dias pesquisando para entender melhor sobre a imunização. ;Fiquei com medo de dar febre e dor nele, mas o médico e os materiais que eu li me tranquilizaram. E o que eu puder fazer para evitar qualquer doença no meu filho, farei. Preciso garantir que ele tenha um bom desenvolvimento;, destacou. As crianças que se vacinarem precisarão voltar em 30 dias para receber a segunda dose.
De acordo com a chefe de enfermagem do Centro de Saúde 8, Susana da Matta, a vacina é segura e foi rigorosamente testada pelo Butantan, um dos laboratórios responsáveis pela fabricação. ;Além disso, para as gestantes, nós estamos aplicando sem adjuvante, ou seja, sem o componente que aumenta a resposta do organismo à vacina. Então, não tem risco nenhum;, afirmou. Ela destacou ainda que se aparecerem sintomas, como febre, dor no corpo e dificuldade para respirar, esses deverão durar apenas 48 horas.
A diretora do centro, Jussara Coelho, fez um alerta para os doentes crônicos. Ela afirmou que, antes de irem ao posto de vacinação, a população precisa ficar atenta para as doenças que fazem parte da lista, entre elas as respiratórias crônicas, a diabetes e o câncer (leia quadro ao lado). ;Se não fizer parte da lista, não poderemos vacinar, pois temos que respeitar o calendário para não faltar a vacina. Mas os que fazem parte não podem deixar de tomar, pois, por terem uma imunidade deficiente, podem ter um desfecho mais grave com a doença;, explicou.
Quais são as doenças?
Quais são as enfermidades que estão na lista para a vacinação contra gripe suína
# Grande obesidade (Grau III), incluídas atualmente nos seguintes parâmetros:
a) crianças com idade igual ou maior que 10 anos com índice de massa corporal (IMC) igual ou maior que 25;
b) criança e adolescente com idade maior de 10 anos e menor de 18 anos com IMC igual ou maior que 35;
c) adolescentes e adultos com idade igual ou maior que 18 anos, com IMC maior de 40
# Doença respiratória crônica desde a infância (ex: fibrose cística, displasia broncopulmonar)
# Asmáticos (portadores das formas graves, conforme definições do protocolo da Sociedade Brasileira de Pneumologia)
# Doença neuromuscular com comprometimento da função respiratória (ex: distrofia neuromuscular)
# Imunodepressão por uso de medicação ou relacionada às doenças crônicas
# Diabetes
# Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e outras doenças respiratórias crônicas com insuficiência respiratória crônica (ex: fibrose pulmonar, sequelas de tuberculose, pneumoconioses)
# Doença hepática: atresia biliar, cirrose, hepatite crônica com alteração da função hepática e/ou terapêutica antiviral
# Doença renal: insuficiência renal crônica, principalmente em doentes em diálise
# Doença hematológica: hemoglobinopatias
# Pessoas com terapêutica contínua com salicilatos, especialmente indivíduos com idade igual ou menor que 18 anos (ex: doença reumática autoimune, doença de Kawasaki)
# Portadores da síndrome clínica de insuficiência cardíaca
# Portadoras de cardiopatia estrutural com repercussão clínica e/ou hemodinâmica:
a) Hipertensão arterial pulmonar
b) Valvulopatia
# Cardiopatia isquêmica com disfunção ventricular (fração de ejeção do ventrículo esquerdo menor do que 0.40)
# Cardiopatia hipertensiva com disfunção ventricular menor do que 0.40
# Cardiopatias congênitas cianóticas
# Cardiopatias congênitas acianóticas, não corrigidas cirurgicamente ou por intervenção percutânea
# Miocardiopatias (Dilatada, Hipertrófica ou Restritiva)
# Pericardiopatias
O que é influenza A (H1N1)?
É uma doença respiratória aguda, causada pelo vírus pandêmico (H1N1) 2009. Esse novo subtipo do vírus da influenza, do mesmo modo que os demais, é transmitido de pessoa a pessoa, principalmente por meio da tosse ou espirro e do contato com secreções respiratórias de pessoas infectadas.
Qual a diferença entre a gripe comum e a influenza pandêmica (H1N1) 2009?
Elas são causadas por diferentes subtipos do vírus influenza. Os sintomas são muito parecidos e se confundem: febre repentina, tosse, dor de cabeça, dores musculares, dores nas articulações e coriza.
Esse vírus é mais violento e mata mais do que o da gripe comum
?
Até o momento, o comportamento da nova gripe se assemelha ao da gripe comum. Ou seja, não se apresentou mais violento ou mortal na população geral. A maioria das pessoas que adoece, seja pela gripe comum ou pela pandêmica, desenvolve formas leves da doença e se recupera, mesmo sem uso de medicamentos. Para ambas as gripes, pessoas com doenças crônica, gestantes e crianças menores de dois anos são mais vulneráveis. Mas, quando consideramos a população jovem previamente saudável, esse vírus pandêmico tem um maior potencial de causar doença grave, quando comparado com o vírus da gripe comum. Por outro lado, o vírus pandêmico tem acometido menos as pessoas maiores de 60 anos. Mas ainda são necessários estudos mais aprofundados, que estão sendo realizados em todo o mundo, para esclarecer o comportamento do novo vírus.
Se o processo de desenvolvimento de uma vacina costuma ser longo, como foi possível produzir a vacina pandêmica tão rapidamente?
Os laboratórios já tinham experiência com a produção da vacina contra os vírus de influenza sazonal (vacina administrada anualmente nos idosos no Brasil), e investiram em tecnologia para preparar a vacina preventiva do vírus pandêmico. O Brasil, por exemplo, fez investimentos na adequação do processo de produção pelo Instituto Butantan.
A vacina usada no Brasil é segura e efetiva?
Ela já está em uso em outros países e não tem sido observada uma relação o seu uso e a ocorrência de eventos adversos graves. A vacina registra uma efetividade média maior que 95%. A resposta máxima de anticorpos é observada entre o 14; e o 21; dia após a vacinação.
O Brasil vai usar vacina inalável? Há diferenças entre a inalável e a injetável?
No momento não está previsto o uso de vacina inalável. A diferença entre uma e outra refere-se à forma de apresentação e de administração.
Qual a quantidade de vacina adquirida pelo Ministério da Saúde?
Cerca de 113 milhões de doses.
O que é adjuvante?
É uma substância (ou substâncias) imunoestimulante que entra na composição de uma vacina.
Quais as evidências que levaram o Ministério da Saúde a selecionar os grupos prioritários para a vacinação?
Os trabalhadores da saúde envolvidos na resposta à pandemia necessitam ser protegidos para garantir o funcionamento dos serviços de saúde. Entre as mulheres em idade fértil que apresentaram síndrome respiratória aguda grave (SRAG) por influenza pandêmica, 22% eram gestantes. Os indígenas são considerados grupo prioritário, seja pela maior vulnerabilidade a infecções, seja pela maior dificuldade de acesso às unidades hospitalares. As crianças menores de dois anos apresentaram a maior taxa de incidência de SRAG por influenza pandêmica (H1N1) 2009. Os jovens entre 20 e 29 anos foram o grupo etário mais acometido, representando 24% do total de casos. Os adultos entre 30 e 39 anos foram o grupo etário mais acometido em relação à mortalidade, representando 22% do total dos óbitos.
Por que não haverá vacinação de toda a população?
A vacinação em massa para a contenção da pandemia não é o foco da estratégia estabelecida para o enfrentamento da segunda onda pandêmica em todo o mundo. Por um motivo simples, essa contenção não é mais possível em todo o mundo. Além disso, não há disponibilidade do produto em quantidade suficiente para atender a toda a população do mundo. Há, também, a limitação da capacidade de produção por parte dos laboratórios produtores para entrega antes do inicio da segunda onda nos países do Hemisfério Sul.
Por que, então, estão sendo incluídos no público alvo da estratégia grupos de população saudável?
É que o Brasil decidiu ir além do recomendado pela OMS %u2014 que era vacinar apenas os quatro grupos que apresentaram maior risco (trabalhadores de saúde, gestantes, população indígena e pessoas com doenças crônicas pré-existentes). Nas Américas, além do Brasil, apenas Estados Unidos e Canadá adotaram essa iniciativa.
Quem são os trabalhadores de saúde incluídos na vacinação?
São aqueles que estão na rede de serviços prestando atendimento diretamente à população, ou seja, estão sob potencial risco de contrair a infecção pelo H1N1 no contato com possíveis suspeitos da doença. Estão incluídos os trabalhadores da atenção básica (estratégia saúde da família e modelo tradicional), dos serviços de média e alta complexidades e aqueles que atuam na vigilância epidemiológica, especialmente na investigação de casos e no laboratório.
Se a vacinação não vai cobrir 100% dos trabalhadores de saúde, como será feita a seleção?
As equipes estaduais e municipais já realizaram o levantamento e a localização do grupo alvo da campanha e definiram a estratégia local para vacinar esse grupo. É importante que todos os trabalhadores busquem informação nos seus serviços e nas secretarias Municipal ou Estadual de Saúde.
Como será a vacinação da população indígena aldeada?
Será indiscriminada para a toda população aldeada, a partir dos seis meses de idade.
Por que vacinar a gestante se não há indicação da vacinação desse grupo com a vacina da gripe comum (sazonal)?
Não há contraindicação à vacinação de gestantes com a vacina usada contra a influenza sazonal (gripe comum), mas ela não é feita nas campanhas anuais por se priorizar um grupo de maior risco %u2014 a população acima de 60 anos. As gestantes, porém, são consideradas grupo de risco para a influenza pandêmica H1N1.
Não há, portanto, risco para a gestante e para o feto?
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) e de acordo com os padrões de segurança declarados pelos laboratórios produtores, a vacina é segura para a gestante. Não há evidências de que possa causar dano ao feto ou afetar a capacidade reprodutiva, ou, também, sobre a ocorrência de aborto nos países em que foi administrada.
A vacinação da grávida é feita em qualquer idade da gestação?
Sim. Como será usada a vacina que não contém o adjuvante, ela é indicada para qualquer idade gestacional. A vacina que contém o adjuvante só poderia ser administrada a partir do 2; trimestre da gravidez. O Ministério da Saúde optou, então, por vacinar a gestante somente com a vacina sem adjuvante para não atrapalhar a operacionalização da vacinação e evitar que qualquer intercorrência na gestação de mulher inadvertidamente vacinada antes do 2; trimestre da gravidez com a vacina que contém o adjuvante viesse a ser atribuída à vacina.
Por que vacinar portadores de doenças crônicas?
Na pandemia de 2009, dentre os casos de SRAG pelo vírus influenza H1N1, observou-se um alto percentual de pessoas com doenças crônicas. Os portadores de doenças respiratórias crônicas, por exemplo, foi o de maior frequência, com 24,4% dos registros, seguido das doenças cardiovasculares e outras doenças crônicas. Essas situações caracterizam pessoas que precisam de proteção por já se encontrarem em situação de vulnerabilidade.
O que é comorbidade?
Consiste na coexistência de doenças em uma mesma pessoa, ou seja, na existência concomitante de diferentes condições patológicas. Em muitas situações, a presença de determinadas patologias, especialmente crônicas, aumenta a probabilidade de desenvolvimento de doença grave ou de morte, quando a pessoa é acometida por outra doença.
Os idosos portadores de agravos crônicos estão incluídos?
Eles não serão vacinados neste momento e sim no período de 24 de abril a 7 de maio, durante a campanha anual de vacinação do idoso contra a influenza sazonal .
A vacinação de pessoas com doenças crônicas não apresenta risco de reações?
A vacina é segura e a possibilidade de ocorrer um evento adverso é a mesma de qualquer outra pessoa.
Como as pessoas vão comprovar a sua condição de portador de doença crônica, de modo a justificar a vacinação?
De modo geral, os portadores dessas patologias já frequentam unidades de saúde ou serviços de referência, sendo acompanhados por profissionais de saúde. Na organização da operação de vacinação, as equipes de coordenação municipal e estadual deverão identificar esses serviços e articular estratégias de convocação ou de visita aos serviços ou instituições de referência, onde será possível localizar e vacinar a população comprovadamente portadora de comorbidade. A comprovação da vacina administrada deve ser feita no documento de registro usado para o registro de outras vacinações (caderneta ou cartão).
Se mais de 90% dos casos de gripe vêm sendo causados pelo vírus pandêmico, por que manter a vacinação da gripe comum para idosos?
A influenza é causada por diversos tipos de vírus e os que provocam a gripe sazonal não deixaram de circular e provocar a doença, ainda que em 2009 essa circulação tenha sido bastante reduzida. A circulação do vírus da Influenza Pandêmica em 2009 e 2010 continua sendo predominante. Como não é possível prever como ocorrerá a gripe sazonal em meados de 2010, é necessário continuar protegendo esse grupo, que é o mais vulnerável para esse tipo de gripe.
Por que as crianças com menos de seis meses não estão incluídas?
A vacina atualmente disponível não é recomendada para o grupo de menores de seis meses em razão de não haver estudos que demonstrem a qualidade da resposta imunológica. Ou seja, a proteção não é garantida.
Como será feita a identificação dos vacinados durante a estratégia, de maneira a garantir a vacinação do grupo alvo?
Para alguns grupos alvo que têm como especificidade a faixa etária, será solicitada a apresentação de documento de identificação que comprove a idade. Para os portadores de doenças crônicas pré-existentes, a adesão será de iniciativa do próprio portador da doença, não sendo indicada a exigência de atestado médico para não burocratizar o acesso à vacinação, confiando-se na busca consciente por parte dos que realmente necessitam. No caso das gestantes, também é esperada a adesão espontânea.
Quem teve a gripe pandêmica e confirmação laboratorial deve tomar a vacina?
Sim. Quando uma pessoa é infectada pelo vírus influenza A, adquire imunidade para aquele subtipo específico de vírus que a infectou. Assim, quem já teve a gripe pandêmica, em princípio, está imune, embora haja registro de alguns casos que desenvolveram uma segunda infecção. A duração da imunidade pode variar de pessoa para pessoa, mas, no caso desse vírus sofrer mutação, um novo contágio poderá ocorrer.
Se a pessoa quiser, pode optar por tomar a vacina em serviço privado, pagando por ela?
S0im. Não haverá impedimento, por parte do Ministério da Saúde, para o setor privado adquirir vacinas. O que pode ocorrer é a limitação da disponibilidade do produto, que irá depender da capacidade de fornecimento pelos laboratórios produtores.
Qual a incidência de efeitos colaterais até agora?
A OMS estima que foram distribuídas cerca de 80 milhões de doses da vacina contra a influenza pandêmica e, até o final de novembro, foram vacinadas aproximadamente 65 milhões de pessoas. A grande maioria do que vem se apresentando se assemelha à vacina sazonal administrada em idosos, que são reações leves: dor local, febre baixa, dores musculares, que se resolvem em torno de 48 horas.
O governo se prepara para a possibilidade de fraude?
Esperamos que a população busque a vacina em lugares seguros e faça denúncias em caso de dúvidas de sua procedência, distribuição e uso. Em relação à possível fraude na produção de vacinas ou disponibilidade, o governo brasileiro dispõe de mecanismos para controle de qualidade de todas as vacinas.
A vacinação para Influenza A (H1N1) %u2013 2009 será mantida para os próximos anos?
Como uma pandemia de influenza, qualquer predição é ainda especulativa. O Brasil seguirá sempre as recomendações da OMS.
Quais são eventos adversos da vacina?
Os eventos adversos relatados pelo laboratório GSK:
Muito comum (cerca de 10% dos vacinados): dor no local da aplicação, cefaleia, dor articular, muscular e fadiga;
Comum: náusea, diarréia, sudorese, hiperemia e inchaço no local da aplicação e tremores;
Raros: linfadenopatia, insônia, tontura, parestesia, vertigem, dispneia, dor abdominal, vômitos, dispepsia, desconforto gástrico, prurido, erupção cutânea, dor nas costas, rigidez músculo esquelética, dor no pescoço, espasmos musculares, dor nas extremidades, reações no local de injeção (hematoma, induração, prurido e aumento de temperatura), astenia, dor no peito e mal estar.
Na hipótese de o vírus persistir durante muitos anos, eu vou precisar me reimunizar?
Se não houver mutação do vírus, não será necessária a revacinação.