postado em 25/03/2010 18:27
Rio de Janeiro - O vice-governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, disse nesta quinta-feira (25/3) que todos os projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para as comunidades da capital fluminense são negociados e discutidos com as lideranças comunitárias, rebatendo denúncias de moradores de ingerência da polícia, nas comunidades onde foram instaladas Unidades de Polícia Pacificadora (UPP).De acordo com Pezão, as associações de moradores participaram das reuniões que definiram as obras prioritárias nas favelas e acompanham o desenvolvimento dos empreendimentos por meio de encontros periódicos. ;Ontem mesmo estive com 13 associações de Manguinhos. Agora, não tem como receber todo mundo. Tem comunidade com mais de 8 mil moradores;, afirmou, após debate no Fórum Urbano Mundial, evento organizado pelas Nações Unidas (ONU).
O ministro das Cidades, Marcio Fortes, confirmou que os projetos de urbanização do PAC são negociados com a população por meio dos governos estaduais e municipais, que têm mecanismos próprios de consulta popular. E comentou que no PAC das favelas cariocas, os moradores, inclusive, trabalham nas obras. Fortes acrescentou que a opinião das lideranças comunitárias são levadas em conta e que nunca se recusou a receber movimentos sociais.
Questionado sobre as propostas do Fórum Social Urbano, evento organizado por organizações da sociedade e universidades, paralelamente ao Fórum Urbano Mundial, no mesmo bairro, o ministro das Cidades afirmou que as receberá quando forem apresentadas.
Hoje, o FSU produz um documento final, em uma reunião plenária, com propostas para melhoria das cidades e acesso à moradia, discutidas desde segunda-feira (22). A ideia é que possam se tornar políticas públicas.
;Nunca me recusei a receber nada de ninguém. É só apresentar. Quando marcam comigo, recebo até por horas no meu gabinete, em Brasília;, disse Fortes, ao informar que não participará do Fórum Social, porque não foi convidado. O evento termina nesta sexta-feira (26/3).