postado em 25/03/2010 20:55
Brasília - Os indicadores de sustentabilidade socioambiental de unidades de conservação da Amazônia estão sendo discutidos por 40 especialistas em monitoramento de áreas protegidas em encontro que termina nesta sexta-feira (26/3), em Brasília.O evento é coordenado pelo Instituto Sócio-Ambiental (ISA) e busca construir um sistema de monitoramento das unidades de conservação. Os debates foram divididos em quatro temas: gestão, meio ambiente, economia e cultura. A secretária-executiva do ISA para a área de políticas públicas na Amazônia, Adriana Ramos, afirmou que o encontro é importante para se fazer uma radiografia das populações que vivem nessas áreas de conservação.
;Nós queremos saber do ponto de vista socioambiental, da relação das pessoas com essas unidades de conservação, o que é que está acontecendo. E tendo esse quadro, a gente entende que é possível contribuir com a melhoria das políticas públicas que visam a dar maior integração e melhor qualidade de vida às populações da Amazônia, tanto aquelas que vivem dentro das unidades de conservação quanto às que vivem em seu entorno;, disse.
Muriel Saragoussi, ex-secretária de políticas para a Amazônia do Ministério do Meio Ambiente, debateu hoje sobre os aspectos econômicos das unidades de conservação na Amazônia e defendeu a implantação de políticas públicas para melhorar a vida das comunidades que vivem do extrativismo.
;Incidir sobre a realidade para melhorá-la, preparar políticas públicas ou identificar oportunidades; por exemplo, um grupo econômico está identificando oportunidades econômicas, uma política de preços mínimos para produtos do extrativismo; como é que você monta uma cadeia produtiva em cima disso; como é que você garante que as organizações da base, os produtores, se beneficiem disso?;
O encontro marca a conclusão de discussões ocorridas em seis fóruns em 2009, que reuniram 118 instituições que trabalham em unidades de conservação, nos nove estados da Amazônia Legal. São representantes de ONGs nacionais e internacionais, setores de governo e pesquisadores.