postado em 31/03/2010 17:09
Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta quarta-feira (31/3), revela que 57,2% da população passa pelo menos uma hora por dia em frente à televisão.
Realizada com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), com referência no ano de 2008, o estudo pesquisou quais as atividades são realizadas no período de lazer, segundo critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O IBGE constatou que 10,2% dos brasileiros, ou 14,9 milhões de pessoas, são considerados ativos no lazer, mas que a prática de exercício físico está relacionada com o rendimento das famílias. Faziam algum tipo de exercício 20,2% dos trabalhadores que recebiam até um salário mínimo. Entre os que recebiam mais de cinco salários mínimos, o percentual foi superior a 50%.
Além da prática de esportes, foram levados em conta como atividade física no lazer o deslocamento de bicicleta ou a pé para o trabalho - adotado por 30,6 milhões de pessoas (16%) %u2013 e a faxina, realizada por 72,8 milhões (49,7%). A faxina é um tipo de serviço mais comum entre as mulheres, cujo percentual é de 72,1%, contra 25,4% dos homens com mais de 14 anos.
O levantamento também pesquisou a prática de atividades consideradas sedentárias, com as quais o brasileiro também gasta seu tempo livre, como assistir à televisão, jogar video game e usar o computador. A conclusão é de 42,9% dos brasileiros passam mais de três horas em frente à TV e 29,6%, mais de três horas nos outros aparelhos, por dia.
A pesquisa chama atenção para o fato de 58,2% das crianças de até 9 anos e 58,8% dos jovens entre 10 e 17 anos passarem mais de três horas assistindo à televisão, sendo essas as faixas de idade com maior percentual de realização dessa atividade.
De acordo com o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, os dados são preocupantes. "De um lado, mudanças no padrão alimentar das famílias; de outro, o sedentarismo, que pode levar ao aumento de peso, sobrepeso e a obesidade, fatores fundamentais para o desenvolvimento de doenças crônicas", afirmou, durante lançamento da pesquisa, no Rio.