Com a greve, que começou às 4h de hoje (12), formaram-se enormes filas nos pontos de ônibus. A paralisação inclui profissionais das empresas: Real Auto Ônibus, Pégaso, Jabor, Oeste, Redentor, Rio Futuro, Ocidental e Campo Grande..
O presidente do Sindicato Rio Ônibus, que representa os empresários do setor, Lélis Teixeira, disse que a paralisação é ilegal, pois no mês passado a instituição e o Sindicato dos Rodoviários assinaram convenção coletiva garantindo 5% de reajuste salarial para os funcionários da região metropolitana. Os motoristas e cobradores não ficaram satisfeitos com o reajuste.
Segundo Teixeira, por esse motivo, o sindicato vai pedir que a greve seja declarada ilegal. Ele informou que também será pedida a apuração da responsabilidade dos rodoviários que estão fazendo a paralisação.
Em nota oficial, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, determinou que as empresas que paralisaram os serviços voltem ao trabalho imediatamente. Paes afirmou que não há motivos plausíveis para a suspensão do serviço prestado à população.
Os funcionários da Real Auto Ônibus alegam que não foram consultados antes da conclusão do acordo. "Nosso salário foi aumentado em 4% ou 5% sem que a gente soubesse de nada", afirmou o motorista Sebastião Nunes, durante manifestação em frente à garagem da empresa, na Avenida Brasil, perto da Fundação Oswaldo Cruz.
No entanto, a insatisfação com o reajuste não é a única bandeira da greve. Eles reivindicam ainda o aumento do ticket refeição, pagamento de horas extras e abono de faltas justificadas com atestado médico. Os funcionários das empresas de ônibus afirmam que só voltarão ao trabalho quando forem ouvidos pelo Ministério Público Estadual e suas reclamações forem apuradas.
Para os passageiros, as opções foram as vans e caronas. Para amenizar o problema, a SuperVia disponibilizou cinco trens extra nas linhas de Bangu, Campo Grande e Santa Cruz. Com isso, a empresa registrou aumento de 20 mil passageiros até as 9h, em relação à previsão estimada.