Luiza Seixas
postado em 13/04/2010 08:30
pós apreender 316 toneladas de medicamentos falsos só no ano passado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) lançou ontem a campanha Medicamento verdadeiro: Você sabe o que está tomando? O objetivo, claro, é orientar a população para o perigo dos remédios falsificados, mas a iniciativa faz parte de uma ação conjunta entre a Polícia Federal e as vigilâncias sanitárias estaduais e municipais para intensificar a fiscalização desses produtos e dos estabelecimentos que o vendem.
Para o chefe da Segurança Institucional da Anvisa, Adilson Bezerra, a campanha é mais um instrumento para ajudar a população a se proteger dos medicamentos clandestinos. Portanto, ela vai ensinar o público-alvo a conhecer e a identificar os itens de segurança que fazem parte dos produtos verdadeiros. %u201CEsses são comercializados em embalagem lacrada e com selo de segurança. Além disso, na lateral da caixa, tem uma parte que após ser raspada mostra o nome da empresa responsável pelo medicamento. Se o consumidor ainda não estiver satisfeito, pode utilizar o telefone do Sistema de Atendimento ao Consumidor que, por meio do número de lote e validade, vai informar se ele é verdadeiro ou não%u201D, disse.
Bezerra alertou ainda para o fato de que produtos utilizados para a saúde nunca devem ser comprados em feiras ou pela internet. E que até mesmo nas farmácias ou drogarias não se pode descuidar. Segundo Bezerra, há vários estabelecimentos clandestinos e que não receberam a autorização da Anvisa para funcionar. %u201CAo entrar na farmácia, o brasileiro precisa procurar saber se ela é regularizada pelo órgão sanitário e se existe um farmacêutico no comando. Caso contrário, a pessoa deverá denunciar o caso%u201D, completou.
A iniciativa foi elogiada pelo presidente do Conselho Nacional de Combate à Pirataria do Ministério da Justiça, André Barcelos. O problema, segundo ele, afeta todos os países e vem preocupando, principalmente, a Organização Mundial da Saúde. Dados divulgados pela OMS estimam que de 10 a 20% dos remédios vendidos em todo o mundo são contrabandeados. %u201CÉ importante, então, que o país esteja atento para esse ponto, pois não é só violação de direitos, atinge a saúde pública. Quem compra um medicamento não tem conhecimento de que ele é falso. Não é fácil diferenciar como um CD pirata.%u201D