postado em 13/04/2010 13:52
Técnicos do Núcleo de Terras da Defensoria Pública do Rio visitou hoje (13) o Morro dos Prazeres, em Santa Teresa, para comprovar se as remoções decretadas pelo prefeitura da cidade são tecnicamente justificáveis. A Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro divulgou em nota ontem (12) que 946 casas serão interditadas na comunidade, mas a associação de moradores sustenta que apenas 160 moradias estão condenadas à demolição.Elisa Rosa, presidente da Associação de Moradores da comunidade, defende a demolição apenas das casas próximas aos deslizamentos, mas não de todas as moradias da comunidade como está sendo divulgado na imprensa.
;Este auto de interdição está sendo arbitrário, como você interdita uma área sem fazer o laudo de avaliação técnica? Isso é um absurdo, então faremos um segundo parecer;, afirmou a representante do Morro dos Prazeres.
Elisa também ressaltou que há obras do projeto Favela-Bairro, em vigor entre os anos 1997 e 2003, que não foram acabadas e estavam irregulares no Morro dos Prazeres. A representante afirma que desde essa época faz solicitações, todas devidamente documentadas, para a construção de encostas e manutenção da favela, o que, na sua opinião, ;evidencia a inadimplência do poder público;.
Uma das defensoras públicas que estava no local, Roberta Fraemkel, do Núcleo de Terras e Habitação, disse que os defensores e técnicos foram chamados pelos moradores. Eles vão averiguar se os deslizamentos são pontuais, como foi relatado pela comunidade ou se haverá a remoção de todos os habitantes que, segundo a prefeitura, está toda em risco.
;Sendo área de risco tem que ter um laudo técnico comprovando, e isso não está sendo feito. Viemos aqui hoje junto com arquitetos e engenheiros para ver se o local é de risco ou não. Se realmente for, seremos os primeiros a pedir aos moradores para que eles saiam;, disse Roberta.
;A questão é que do jeito que está sendo feito todo mundo está tendo que sair aleatoriamente sem ter algo comprovando. Estão, inclusive, dando laudo de interdição sem nem olhar a casa do morador, o que presume que pode ter várias casas que não estão no local de risco e estão sendo interditadas;, completou.