Carlos Eduardo Nunes, o Cadu, de 24 anos, acusado de matar o cartunista Glauco Villas Boas e seu filho Raoni, em março deste ano, responderá por homicídio doloso e será indiciado como autor do crime. O estudante Felipe Iasi, que levou Cadu até o local a casa do cartunista, responderá por participação no crime por ter facilitado a fuga e a entrada de Cadu na casa da vítima. Essas são as conclusões do inquérito do duplo assassinato feito pelo Setor de Investigações Gerais da Delegacia Seccional de Osasco, em São Paulo.
A polícia prendeu Cadu, na madrugada do dia 15 de março, na Ponte da Amizade, na fronteira do Brasil com o Paraguai tentando fugir em um veículo roubado. Cadu ainda atirou em políciais durante a perseguição na fronteira com o Paraguai. Na delegacia da Polícia Federal de Foz do Igauçu, onde ficou preso, Cadu confessou o crime à PF do Paraná e a equipes de TV. Questionado sobre o assassinato, ele confirmou que havia atirado no cartunista e em Raoni. Porém, a defesa do estudante questiona a validade da confissão e alega que Cadu não aparenta estar em seu estado normal e que seu cliente passa por problemas psicológicos.
Glauco e Raoni levaram quatro tiros cada um à queima roupa, no dia 12 de março. O cartunista estava em casa com a família, no mesmo terreno onde fica a Igreja Céu de Maria, fundado pelo cartunista que era seguidos da doutrina do Santo Daime.