Brasil

Famílias alojadas em escola podem receber cheques do Aluguel Social até terça-feira

postado em 15/04/2010 15:27
Rio de Janeiro - As 51 famílias abrigadas em uma escola pública no Morro do Borel devem receber seus cheques do programa Aluguel Social até a próxima terça-feira (20). A informação é do secretário de Assistência Social, Fernando William, que esteve ontem (14) na manifestação feita por 223 desabrigados que moravam em áreas de risco da comunidade e impediram o funcionamento do colégio onde estão provisoriamente instalados desde o início dos temporais, no dia 6 de abril.

De acordo com o secretário, a situação deve ser resolvida no início da semana que vem, pois a Defesa Civil já está realizando as análises das casas em situação de risco e em seguida acionará a Secretaria de Assistência Social para que os desabrigados sejam cadastrados e possam ser beneficiados.

;Com o laudo da Defesa Civil e o cadastro da nossa secretaria em mãos, será possível pegar o primeiro cheque imediatamente na Secretaria de Habitação;, esclarece. No entanto, é preciso que a Secretaria de Assistência Social verifique se a família cadastrada necessita efetivamente do benefício.

Diante da previsão de resolver o problema até o início da semana que vem, a paralisação foi suspensa hoje (15) e o colégio voltou funcionar normalmente. No entanto, as famílias declararam que farão o bloqueio novamente na terça-feira, caso os problemas não tenham sido resolvidos.

;A gente estava aqui totalmente esquecido pela prefeitura. Agora eles vieram por causa do protesto e fizeram alguma coisa, mas nem todo mundo está com o laudo na mão para pegar o cheque do aluguel;, protesta a vendedora Maria das Graças Jarbas David que perdeu sua casa em um dos deslizamentos.

Desde o dia 8, os desabrigados tem dividido o espaço com os 540 alunos da escola, em horário integral. As famílias ocupam duas salas e a biblioteca e tem seus horários de refeições regulados pela diretoria da unidade. Ainda durante a manifestação, foi sugerida a mudança do grupo para a comunidade do Vale Encantado, no Alto da Boa Vista, mas os moradores não aceitaram.

Segundo eles, o local fica longe demais de seus locais de trabalho e do que restou de suas casas. ;Lá a gente vai ficar mais esquecido ainda e ninguém vai ouvir se a gente fizer reivindicação, porque não é órgão público que nem aqui;, completa o segurança Sérgio Luiz de Souza Silva, marido de Maria das Graças.

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