Brasil

Congresso avalia como funcionam edifícios de saúde

postado em 16/04/2010 08:24
Para que um hospital ou uma clínica de saúde seja completa, não basta ter apenas uma boa equipe de médicos e enfermeiros, é fundamental que a estrutura do ambiente atenda as novas necessidades de pacientes e trabalhadores, além de acompanhar o surgimento de tecnologias. Com isso, cerca de 500 arquitetos, engenheiros e profissionais da área de saúde de vários países estão reunidos em Brasília, desde a última quarta-feira, no 4; Congresso Brasileiro ; Novas tecnologias: o impacto nos edifícios de saúde. O objetivo é discutir como fazer um melhor desenvolvimento desses locais, gerando mais conforto e segurança para os dois lados.

Flávio Bicalho, presidente da Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar (ABDEH), responsável pelo evento, explica que, diariamente, a população se depara com novidades na medicina. E cita como exemplo os avanços na área da genética, que ao mesmo tempo em que trazem boas mudanças para a sociedade, pedem também um maior espaço. ;Antes, os procedimentos conseguiam ser feitos em apenas uma sala, mas hoje pedem mais do que isso. Portanto, a construção desses novos ambientes requer todo um estudo. Não é uma coisa fácil como a construção ou reforma de uma casa, é algo mais complexo. Nos hospitais, além do local para atender os pacientes, temos desde restaurante até necrotério. Então, precisamos reunir especialistas e estudar propostas para que o trabalho atenda todas as necessidades;, completou.

Entre os trabalhos apresentados durante o congresso, Bicalho destacou como um dos mais importantes o do arquiteto Augusto Guelli sobre arquitetura baseada em evidências, que pretende agregar valor em seu atendimento e obter resultados através de dados objetivos. A ideia é separar de forma aleatória os pacientes entre o ambiente convencional e o proposto. E, então, observar o comportamento de cada recuperação.

;Esse tratamento proposto tem várias linhas. Uma que constrói um espaço para ajudar o paciente a reagir de forma intensa ao momento de fragilidade; outra que traz mais segurança e requisitos que reduzam acidentes, como banheiro mais acessível e anteparos; e uma terceira, voltada para os profissionais. Esses precisam de momentos de relaxamento e qualidade de trabalho para reduzir erros advindos de desgastes e passar segurança para os pacientes. Estudos já mostram que, assim, a recuperação é mais positiva;, explicou Guelli.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação