Brasil

Paquetá ainda convive com o casos 12 dias depois de temporal

postado em 16/04/2010 12:35
A Ilha de Paquetá ainda convive com o caos, com ruas obstruídas por lama, entulhos e galhos de árvores em consequência do temporal que atingiu o Rio na semana passada. As charretes, único meio de transporte disponível para os turistas que visitam a ilha, transitam precariamente. Na manhã de hoje (16) ocorre um mutirão de limpeza das ruas da ilha, com o apoio da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), do Corpo de Bombeiros e da Guarda Municipal. Segundo Lauro Barcellos, administrador regional de Paquetá, cerca de 30 casas foram interditadas por estar em área de risco, mas não houve nenhuma perda total de imóvel. A maioria dos desabrigados foi acolhida por familiares ou amigos. Os estabelecimentos comerciais funcionaram normalmente em Paquetá após a chuva, apenas a cooperativa de charrete foi afetada. Na ilha é proibida a circulação de automóveis. "Vivemos um caos, agora amenizou, e a nossa sede e cocheiras foi interditada pela Defesa Civil e Geo Rio. Os cavalos ficaram seis dias nas ruas, e a transportadora de São Gonçalo ficou sem cortar o capim e transportá-lo para a ilha. Alimentamos os animais com milho e deixamos eles presos nas árvores durante a noite", afirmou Jorge Rosas, presidente da cooperativa, que funciona com 39 cavalos.. Ele ressalta ainda que não há nenhuma construção preventiva no local, e que com a chegada do inverno os cavalos sentirão ainda mais a falta de abrigo. O presidente da cooperativa reivindica há meses nos órgão competentes a liberação do Parque de Mattos, no fim da praia José Bonifácio, para pasto noturno, se comprometendo com a limpeza decorrente, e o auxílio de alguma empresa ou da prefeitura com o material para reconstrução das baias e do escritório. Técnicos da Geo Rio estão hoje em Paquetá para analisar os deslizamentos na ilha. O laudo realizado pelos engenheiros será encaminhado pela Administração Regional de Paquetá à Secretaria Municipal de Habitação, para dar entrada na requisição de aluguéis sociais para os moradores prejudicados pelas chuvas.

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