Estado de Minas
postado em 16/04/2010 16:04
As vacinas contra a gripe influenza A (H1N1) chegaram às clínicas particulares de Belo Horizonte, no entanto, as quantidades são muito inferiores ao esperado. Para as quatro unidades da Protege Vacinação, foram entregues apenas 850 doses das 10 mil encomendadas. Segundo a médica diretora da clínica, Ana Lúcia Mateus Duro, as vacinas devem durar cerca de três dias nos pontos de atendimento. ;Iniciamos os serviços hoje (ontem) pela manhã e já deu fila;, disse. Na Climep, apenas 13 doses estão a disposição para atender a população. Pela mesma situação, passa o Laboratório Hermes Pardini, que não revelou a quantidade de doses fornecidas, no entanto, informou que o número não vai suprir a demanda dos clientes que vêm procurando pelo serviço.
As negociações das clínicas particulares são realizadas diretamente com os fabricantes das vacinas existindo a possibilidade de receberem nova remessa, porém, sem data definida. Os lotes começaram a chegar na quarta-feira. Além do vírus da influenza A, a vacina fornecida pelos laboratórios, a tríplice conjugal, tem antídotos para dois tipos de vírus da gripe sazonal. Qualquer pessoa pode adquirir a dose, independentemente da campanha do Ministério da Saúde. Os valores variaram de R$ 90 e R$ 110, entre as clínicas consultadas pelo Estado de Minas.
Além de Belo Horizonte, outras cidades iniciaram as vendas das doses da vacina contra a gripe H1N1. Em Maringá (PR), as clínicas particulares de saúde começaram a atender a população na terça-feira. O Ministério Público liberou para o estado, vacina para toda a população, sem restrições devido à pandemia ocorrida no ano passado. O coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde do Ministério Público de Minas Gerais, Gilmar de Assis, informou que o governo de estado não entrará na briga pela vacina para todos. ;Entendemos que as medidas tomadas aqui estão suficientes.;
Campanha
Para a população que se enquadra nos grupos prioritários estipulados pelo Ministério da Saúde, a campanha de vacinação gratuita, nos postos de saúde, continua. As gestantes, os doentes crônicos com menos de 60 anos, os jovens de 20 a 29 anos e as crianças de seis meses a menores de 2 anos têm até o dia 24 para procurar os centros de saúde. Apesar da campanha ainda durar oito dias, para estes grupos, o Ministério da Saúde já alcançou a meta de imunizar 80% das crianças.
Até quinta-feira, foram vacinadas 1,55 milhões de grávidas em todo o país. Já os doentes crônicos com menos de 60 anos somaram 6,4 milhões de imunizados e 10,98 milhões de jovens de 20 a 29 anos procuraram os postos para receber a dose. O próximo grupo prioritário a ser atendido sãos os idosos com doenças crônicas, que devem ser vacinados no período de 24 de abril a 7 de maio.
O balanço nacional é de 23,5 milhões de brasileiros imunizados, até quinta-feira, um aumento de 17,5% em relação a segunda-feira, quando foi feito o último apanhado geral da vacinação. O Ministério da Saúde ; que comprou 113 milhões de doses para vacinar 91 milhões de pessoas, com meta de atingir ao menos 80% do total ; disse não ter confirmado até agora nenhum efeito adverso grave no Brasil, assim como não há relato desse tipo de reação no mundo, onde foram aplicadas mais de 300 milhões de doses da vacina. No ano passado, das 2.051 mortes registradas no país pelo vírus H1N1, 1.539 (75%) foram de pessoas com doenças crônicas. Entre as grávidas (189 morreram, ao todo), a mortalidade foi 50% maior que na população geral. Adultos de 20 a 29 anos concentraram 20% dos óbitos (416, no total). E as crianças menores de dois anos tiveram a maior taxa de incidência da doença no ano passado (154 casos por 100 mil habitantes).