postado em 22/04/2010 17:14
Tem início no dia 1; de maio a etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a Febre Aftosa nos rebanhos dos principais estados pecuários brasileiros e no Distrito Federal. O lançamento oficial da vacinação, que se estende até o dia 31 de maio, acontece no dia 3, às 10h, no parque Fernando Costa, em Uberaba (MG), durante a solenidade de abertura da 76; ExpoZebu que terá a presença de autoridades governamentais e lideranças rurais do país e do exterior.Em Minas Gerais, a expectativa do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) é que nas 338 mil propriedades rurais distribuídas nos 853 municípios mineiros sejam imunizados 22,4 milhões de bovinos e bubalinos de todas as idades.
Para o diretor-geral do IMA, Altino Rodrigues Neto, a erradicação definitiva da febre aftosa em Minas Gerais exige que a vacinação dos animais seja mantida em todo o seu território por pelo menos um ou dois anos. "Só depois é que poderemos pensar na retirada gradativa da vacina, mesmo assim, por faixa etária dos bovinos, começando pelos mais velhos", afirma.
Minas Gerais adquiriu um conceito de seriedade e credibilidade do trabalho desenvolvido pelo seu produtor rural, suas lideranças e os organismos governamentais, que precisa ser preservado. É uma conquista que está representando a possibilidade estratégica de sua inserção no mercado nacional e internacional da carne bovina.
Segundo o diretor-geral do IMA, mesmo sem a existência da circulação dos vírus da aftosa em território mineiro, desde de 1996, Minas Gerais, por sua extensão territorial e pela sua grande malha viária que liga o Sul ao extremo Norte do país, é sempre uma região que pode oferecer algum risco oriundo de outros estados que não estão no mesmo estágio sanitário, ou seja, livre da doença com vacinação.
De acordo com Rodrigues Neto, para vencer a aftosa é preciso vontade política, criação de uma forte estrutura de fiscalização e vigilância, além de contar com a efetiva participação da iniciativa privada. Esta não é uma ação isolada. "É um compromisso que tem que ser assumido regionalmente, pelos estados, para que ações futuras possam ser cumpridas por todos", explica.
Dessa maneira, diz Altino, é necessário efetuar um trabalho de intervenção eficiente em diversas regiões do Brasil, o que requer um comprometimento dos governos federal, estadual e municipal.
Por seu lado, o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Gilman Viana Rodrigues, diz que ao manter a eficiência da vacinação durante as campanhas estabelecidas, Minas Gerais assegura seu lugar de vanguarda no ambiente nacional. "Em breve, junto com outros estados, solicitaremos ao Ministério da Agricultura, a retirada da vacinação para animais adultos, mantendo as campanhas apenas para animais com até 24 meses de idade", afirma.