Brasil

PF desmonta rota de tráfico internacional

Em duas ações distintas, a Polícia Federal prendeu na última quarta-feira um italiano acusado de transportar toneladas de cocaína para Roma, e desbaratou um esquema de tráfico que atuava no eixo Brasil-África-Europa

postado em 23/04/2010 08:40
Em duas ações distintas, a Polícia Federal prendeu na última quarta-feira um italiano acusado de transportar toneladas de cocaína para Roma, e desbaratou um esquema de tráfico que atuava no eixo Brasil-África-Europa. O grupo, que agia em São Paulo e Santa Catarina, transportava a droga por meio de motores de automóveis e equipamentos para salões de beleza que eram exportados para Johanesburgo e Moçambique. O italiano, que estava sendo procurado pela Interpol, a Polícia Criminalística Internacional, é o segundo estrangeiro capturado no Brasil em menos de uma semana por atuar no narcotráfico. Na quinta-feira da semana passada, a PF deteve o barão da cocaína colombiana, Nestor Ramon Chaparro.

O italiano Gilberto di Loreto foi capturado na praia de Canoa Quebrada, no Ceará, uma das mais frequentadas no Nordeste do país. Ele estava em companhia de três mulheres em uma barraca, e durante a busca e apreensão em sua casa, a Polícia Federal encontrou papelotes de cocaína em tubos de PVC e em um sapato. O pó estava preparado para a venda na localidade, onde Loreto morava há pouco tempo. Acusado de tráfico, ele estava com pedido de extradição expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Em Santa Catarina e São Paulo, a PF realizou a Operação Monalisa que tinha como alvos dois traficantes africanos que utilizavam o Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, para mandar pequenas quantidades de cocaína para a Europa, via África do Sul e Alemanha. Como nos últimos meses vários quilos da droga foram apreendidos antes dos embarques, a quadrilha decidiu enviar o pó por meio de uma empresa de comércio exterior, localizada no Rio de Janeiro. O pó era colocado em motores de carros e enviado para Johanesburgo, de onde era distribuída para outros países europeus.

Segundo a Polícia Federal, dois homens presos na operação faziam parte de um esquema que envolvem mais de 40 pessoas presas pelas autoridades alemãs.

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