Brasil

Recife: Aparentando tranquilidade, babá nega agressões

Diário de Pernambuco
postado em 26/04/2010 14:35

A delegada da Gerência de Proteção à Criança e ao Adolescente (GPCA), Mariana Vilasboas, disse esta manhã que ainda não há indícios que justifiquem a prisão preventiva da babá Ângela Cristina Souza, de 36 anos, suspeita de cometer abuso sexual e maus-tratos contra um bebê de apenas sete meses, em Cruz de Rebouças, no município de Igarassu.

[SAIBAMAIS]De acordo com a delegada, a babá chegou espontaneamente à especializada, no bairro do Benfica, acompanhada pela sogra, pela cunhada e por dois advogados, aparentemente bastante tranquila. Ainda segundo Mariana, ela negou todas as acusações durante o depoimento, que continua sendo prestado na GPCA.

A delegada acrescentou que a babá também não será presa de imediato uma vez que a família procurou a polícia no sábado e o fato aconteceu na quinta-feira passada, expirando o prazo do flagrante. Além da suspeita, também depôs a polícia hoje a sogra de Ãngela, que não teve o nome revelado. Na próxima quarta-feira a delegada deve ouvir dois vizinhos da família.

Os pais do bebê, que não serão identificados para preservar a criança, prestaram depoimento durante a manhã de ontem. O pai, supervisor comercial de 38 anos, assistiu ao vídeo de mais de quatro horas junto com os delegados e a imprensa. Na gravação, realizada durante a tarde da última quinta-feira, a babá aparece molhando o rosto do bebê e dando alguns tapas, enquanto o pai da criança está em casa, mas em outro cômodo. As imagens mais chocantes mostram Ângela Cristina, no momento em que fica sozinha com o bebê, arremessando-o no sofá e manipulando seu pênis.

O delegado adiantou que há indícios de que houve abuso sexual e maus-tratos. Já o pai informou que médico que fez o exame no Instituto de Medicina legal (IML) disse que a estimulação feita pela suspeita teria acelerado o descolamento do pênis dele. Zanelli explicou ainda que a babá pode responder por estupro e tortura. No primeiro caso, a pena prevista é de 8 a 15 anos de reclusão e o segundo crime pode variar de 2 a 8 anos.

Da Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR

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