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A Rede Nacional de Comunicação Pública é formada pelos quatro canais da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), por sete emissoras universitárias e por 15 emissoras públicas estaduais. As negociações para a formação desse sistema começaram há dois anos.
Hoje (27), foi instalado no Rio de Janeiro, o comitê que vai se reunir duas vezes ao ano para discutir a programação e os assuntos jurídicos e comerciais da rede. Durante a formalização do grupo, a presidente da EBC, Tereza Cruvinel, lembrou que o Estado nunca tinha apresentado interesse real em ter um sistema público de comunicação. Ela lembrou que a rede é resultado de um trabalho que começou há apenas 2 anos e meio e que, agora, tornou real a negociação que, à época, era considerada utopia.
;Com a criação da EBC existe um sistema público federal que está se articulando com as emissoras estaduais para avançar tanto em tecnologia, em cobertura, quanto em oferta da programação diferenciada, porém de qualidade, focada em cultura, educação, ciência, arte e formação da cidadania de forma atraente. Isso que as televisões nunca puderam oferecer: uma programação boa, diferente, complementar, mas que atraísse o telespectador", disse a presidente da EBC.
"Hoje, nossas pesquisas indicam que a televisão pública está se tornando referência de programação para o cidadão brasileiro. Quando ele não quer assistir o que está no canal comercial ele tem alternativa de boa qualidade na televisão pública;, garantiu.
Tereza Cruvinel destacou que esse processo é parte de grande um sistema público de comunicação que está sendo construído por etapas. ;Como o primeiro desafio foi implantar a TV pública, estamos fazendo a rede de televisão. Vamos avançar com a rede de rádio e com o portal de notícias, congregando também, no futuro, os sistemas estaduais;, acrescentou.
Sandes aposta na rede como uma iniciativa inédita na implantação de um sistema público de comunicação no Brasil. ;A proposta da TV Brasil é generosa porque é inclusiva. Ela contempla a produção regional e vai garantir que o Brasil assista o Brasil, assista a diversidade, a produção, a cultura. Isso é um ganho imenso;, garante.
O presidente da emissora parceira do Paraná, Marcos Batista, também já vislumbra a veiculação de duas produções do seu grupo na programação simultânea das emissoras públicas. Para Marcos Batista, a rede pode inverter o cenário apresentado por números do Ibope que mostram que, em alguns momentos do dia, 55% dos aparelhos de televisão estão desligados. Segundo ele, a população vai contar com mais alternativas.
Mesmo em clima de comemoração, Batista faz um alerta: ;Uma ou outra emissora tem preparo, tem equipamento, tem agilidade, mas a maioria não tem. É importante que, ao mesmo tempo em que se inicia o processo de formação de uma nova cabeça de jornalismo, e de produção de rede, que também se acentue a preocupação com qualidade de equipamento e treinamento e capacitação de pessoal;.