postado em 02/05/2010 09:25
Em quantidade, o posto está garantido. O brasileiro só perde para os gregos no número de relações sexuais por semana, de acordo com pesquisa feita em 26 países pela empresa de preservativos Durex. Mas, apesar de 82% dos entrevistados do país ; todos com mais de 16 anos e sexualmente ativos ; irem para a cama pelo menos uma vez a cada sete dias, apenas 42% se dizem satisfeitos. Nigerianos e mexicanos têm índices melhores, 67% e 63%, respectivamente.;O mundo nos vê como um povo altamente sexualizado e bem resolvido, mas nossos índices de satisfação são medianos, bem parecidos com os da maioria dos países;, destaca Carmita Abdo, coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade (ProSex) da Universidade de São Paulo. Ninguém duvide, porém, da criatividade brasileira. A pesquisa internacional mostra que um terço da população aprecia produtos eróticos, como vibradores e lubrificantes.
Na avaliação de Carmita, a sexualidade por aqui é vivida com mais naturalidade que na maior parte do planeta. Para o ginecologista especializado em terapia sexual, Amaury Mendes Júnior, tal fator é primordial para um bom desempenho sexual. ;Muitas vezes os problemas das pessoas na cama não são orgânicos, e sim psicológicos. A educação que se recebeu, a relação que se tem com o parceiro, a desinibição, tudo isso concorre para uma vida sexual saudável;, afirma.
Como em tudo na vida, porém, o exagero é condenado. ;Não existe uma medida para dizer quem está doente. Os sinais vêm com as perdas;, explica Rico, pseudônimo usado pelo presidente do grupo Dependentes de Amor e Sexo Anônimos. São prejuízos, segundo ele, materiais, sentimentais, afetivos. ;As pessoas abandonam partes importantes das vidas delas, como trabalho e estudo, por conta da compulsão;, explica. Com base nos 12 passos dos Alcoólicos Anônimos, a irmandade tem um grupo em Brasília, que funciona na Asa Sul.