postado em 02/05/2010 13:10
No fim deste mês, o Rio de Janeiro (RJ) será o centro de uma série de discussões que dominam os debates na comunidade internacional. Em pauta, o tratamento discriminatório a muçulmanos e latinos nos países desenvolvidos, além da busca de um acordo de paz que encerre o impasse entre palestinos e israelenses. É o 3; Fórum Mundial da Aliança de Civilizações, que será realizado de 27 a 29 de maio no Museu de Arte Moderna (MAM)."A ideia é buscar a definição de metas e concretização de ideias que funcionem como prevenção à violência e a eventuais conflitos futuros", disse o coordenador do fórum, embaixador José Augusto Lidgren Alves. "Com isenção e equilíbrio, é possível concluir que as culturas desejam o mesmo ; ser respeitadas. O antagonismo pode ser bom, mas é fundamental acabar com estereótipos".
Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Evo Morales, da Bolívia, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Kin-moon, e o primeiro-ministro espanhol, José Luis Zapatero, são algumas das autoridades esperadas para os debates. Delegações de 105 países e 15 organizações não governamentais já confirmaram presença.
"O objetivo é definir ações concretas nos campos político e social nas áreas de juventude, educação, mídia e imigração", disse o embaixador. "A iniciativa é permanente e existe há seis anos. Mas desde 2008 ficou decidido que uma vez por ano deve haver uma reunião geral".
Em meio aos debates na Europa - França, Bélgica e Itália - a proibição dos trajes femininos muçulmanos e as queixas das comunidades latinas em vários países desenvolvidos deverão dominar as discussões. Segundo Lidgren Alves, a preocupação das autoridades é que determinadas ações isoladas levem a um conflito de grandes dimensões e de difícil controle.
"As diferenças podem se traduzir em conflitos e estes conflitos podem se tornar ainda mais intensos em decorrência de fanatismos e violência", afirmou o embaixador brasileiro. "Durante os debates, no Rio, serão discutidos projetos comuns que podem minimizar essas reações buscando o envolvimento ainda maior dos países das Américas do Sul e Central".