postado em 05/05/2010 17:46
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse nesta quarta (5) que o reforço na área de segurança nas regiões fronteiriças com o Paraguai está sendo feito em comum acordo com o governo do país vizinho e que a medida serve para combater a criminalidade, principalmente, as ações do narcotráfico. ;Claro que estamos também com entendimentos com o [governo do] Peru e da Colômbia para a troca de informações para o controle do espaço aéreo;.Conforme o ministro, o Brasil pode monitorar 100 quilômetros (km) da fronteira com a Colômbia e o mesmo trecho também poderá ser acompanhado pelas forças de segurança colombianas do lado brasileiro.
Jobim falou depois de participar do seminário Segurança Internacional: Perspectivas Brasileiras promovido pelo Ministério da Defesa, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
O assessor da Presidência da República para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, que também participou do encontro. Ele minimizou a atuação do grupo guerrilheiro no Paraguai, que seria formado por cerca de 20 pessoas. ;Não tem nenhum significado maior;. Garcia, no entanto, defendeu que a situação deve ser acompanhada ;com muito cuidado e paciência;.
Sobre a Cúpula de Madri, Garcia afirmou que o Brasil e mais oito países estão dispostos a não participar, caso seja mantido o convite para que o presidente de Honduras, Porfírio Lobo, vá ao encontro. Para ele, o convite tem origem em alguma ;derrapada; de algum funcionário e por isso acredita que será retificado. Ele informou que o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, conversou com um assessor do primeiro-ministro espanhol José Luis Rodríguez Zapatero e que teria sido sinalizado um entendimento sobre o caso.